11/10/2017

begin again: capítulo 10


Nove anos antes

Minhas pálpebras parecem ter sido coladas, meus lábios estão rachados e secos. Lentamente umedeço-os com a língua e tento abrir os olhos, lutando contra o sono que os mantém fechados.
– Não se mexa. – a voz de Jospeh é rouca e baixa, o equivalente aural do meu estado de recuperação. Claro que faço o oposto e me sento em sua cama bagunçada, procurando por dele. Ele está empoleirado em uma velha cadeira de madeira, com um grande bloco de desenho apoiado sobre os joelhos. Correndo a folha com um toquinho de lápis que já foi muito apontado, seus movimentos beiram o furioso. Quando ele ergue os olhos e vê que eu me mexi, um lampejo de irritação cruza seu rosto.
– Eu falei para ficar parada. – mesmo que suas palavras sejam duras, ele consegue amaciá-las com um sorriso.
Levanto os braços e os alongo em direção ao teto, deixando um bocejo escapar dos meus lábios.
– O que você está desenhando?
Ele baixa o bloco de desenho, travando o olhar no meu peito exposto. Meus mamilos apontam quando são banhados por ar fresco.
– Nada. – ele ainda está olhando para mim. Cubro-me com os braços, me sinto constrangida. A irritação retorna ao rosto dele. – Não se esconda de mim.
– Você está muito mandão esta manhã. – não confesso que estou gostando, mas estou. Não há nada que eu não goste a respeito desse homem. Estou totalmente apaixonada por ele.
– E você está sendo muito desobediente. – Joseph se arrasta sobre o colchão até pairar acima de mim, apoiado nas mãos e nos joelhos. Abaixando o corpo, ele captura um mamilo entre os lábios e raspa os dentes em toda volta. Arqueio as costas numa resposta prazerosa. – O que posso fazer para persuadi-la a ficar quieta? – ele pergunta.
Suspiro enquanto seus dedos me encontram e entram em mim.
– Isso não. – povo minha afirmação ao me contorcer. Ele ri no meu peito, e sinto vibrações sobre a pele. Em seguida, ele levanta a cabeça para me beijar com força e esqueço de tudo, exceto da sensação do seu corpo sobre o meu, e do prazer puro e absoluto do sexo nos resquícios do meu barato.
Mais tarde, nos debruçamos sobre sua janela e compartilhamos um baseado, olhando para o campus verde e ondulante, observando as poucas figuras solitárias que estão enfrentando a chuva de manhã cedo. Principalmente funcionários, nenhum aluno sentiria a necessidade de estar em pé a essa hora. Ele me oferece uma tragada, exalando fumaça que se dissipa rapidamente no ar enevoado e úmido.
– Quero que você pose para mim.
Levo o baseado aos lábios e dou uma tragada.
– Nua?
– Claro. – ele parece estar sorrindo e me viro para olhar para ele.
Sim, ele está sorrindo.
– Que Rose e Jack da sua parte.
Apoiando o cotovelo no peitoril da janela, Joseph olha para mim.
– Quem são eles? Amigos seus?
Começo a corar, sentindo-me idiota, suburbana e muito comum. Não consigo me forçar a dizer que estou falando de Titanic. É por isso que me sinto idiota quando ele está por perto. Ele pinta belas imagens e faz amor como se fosse uma forma de arte, e saio por aí falando de filmes excessivamente melodramáticos. Sou uma criança que tenta capturar uma borboleta.
Parece um bom momento para mudar de assunto.
– Que horas são?
– Quase sete. Por quê?
Dou outra tragada.
– Tenho um seminário às nove. – esse eu não posso perder. Aulas são uma coisa: fáceis de evitar e depois posso pedir as anotações de outra pessoa. Agora, em seminários há apenas alguns de nós. É óbvio quando não estamos presentes.
– Não vá. Fique comigo.
Eu quero, eu realmente quero. Mas em algum lugar abaixo da luxúria e da intoxicação encontra-se a obediente Bethany de Essex. Filha de um banqueiro da cidade. Aluna nota dez. Ela está se espreguiçando e acordando lentamente.
Vou para o seminário, mas mal presto atenção. Em vez disso, me vejo sonhando acordada com ele.

amei esse capítulo, muito amor por Jemi <3
o que acham que vem por ai?
o que posso dizer é que Jemi está quase para acontecer.
me digam o que acham nos comentários, ok?
espero que gostem do capítulo, volto em breve.
respostas do capítulo anterior aqui.

2 comentários: