21/06/2017

for you: capítulo 13


Ciúmes

Eu confesso, eu fugi como um garotinho assustado. Mas o que havia acontecido entre nós dois abalou-me de uma forma inexplicável. Eu nunca havia perdido a cabeça como ontem e jamais tinha me aproveitado de uma mulher alcoolizada. Só que eu não me arrependo, nem de uma coisa e nem de outra. Eu já fiz sexo sem proteção antes, afinal eu tive uma noiva por anos, mas foram raras às vezes que isso aconteceu, já que ela odiava tomar remédios.
Eu me esqueci da sensação de ter pele contra pele e de como as sensações são mais intensas. Com Demi então? Isso vai para um patamar muito mais elevado. E o resultado foi que passamos a noite fazendo amor e exigindo mais um do outro.
Estou vidrado na forma intensa que ela sempre se entrega a mim, e ontem não havia sido diferente. Ontem foi algo inexplicável, eu senti isso, como se uma urgência e um desespero dominassem nós dois. Como se nós quiséssemos marcar um ao outro de alguma forma e não apenas no sexo. Há muito mais do que sexo aqui. Eu tenho sentimentos profundos por ela e que se enraízam dentro de mim cada vez mais com uma força absurda. Estou viciado em tudo o que se refere a essa mulher. Sua pele macia que se arrepia ao meu toque. O sorriso solto e sincero que me faz sentir plenamente feliz. Sua impertinência e altivez que me surpreende a cada dia. Tudo havia começado como uma brincadeira e desejo de vingança, mas se tornou algo maior e mais intenso.
Quando a deixei em casa eu tinha certeza em afastá-la de mim e da minha família maluca. O jantar na casa de Kevin havia sido um aperitivo de como seria sua vida ao meu lado. Pelo pouco que me revelou, a vida dela foi marcada por decepções e não quero ser mais uma.
Após eu ficar muito tempo no carro meditando. Eu resolvi voltar ao seu apartamento e dizer que o acordo está cancelado, mas que eu gostaria de conhecê-la melhor. Ela ficaria surpresa com certeza, mas não demorou muito para descobrir que o surpreendido seria eu. As lembranças tão vivas como se acontecessem nesse momento e que ainda me deixam furioso.
— Paul! — observei-a soltar um grito e se jogar nos braços dele — Quando chegou?
— Há uns minutos, apenas para jogar as malas e tomar um banho.
— Que bom ter você aqui — Demi se aconchega a ele carinhosamente — Senti tanta saudade,
querido.
— Eu não deixaria minha garota tanto tempo sozinha. Que tal nós dois irmos balançar o esqueleto, como sempre fazemos?
Não esperei para ouvir a resposta dela. A raiva e decepção estavam queimando minha alma. A conclusão de que não era diferente das outras mulheres e que também era uma mentirosa me nocauteou.
Há quanto tempo os dois estavam brincando comigo? O tempo todo se fazendo de boa moça.
Quando na verdade, a única coisa que via em mim é dinheiro. Odiei ter que admitir, mas, Kevin e minha mãe tinham razão, ela não serve para mim. Fui um tolo estúpido em achar o contrário.
Se os dois pensam que me manipulariam como a minha família estão muito enganados. Seguirei em frente com meu plano e ainda daria uma boa lição nesses dois.
O que ela havia visto naquele babaca, além da tatuagem mal feita e o ridículo piercing nos lábios? Agora me lembro de que o havia visto antes, quando saí dali a primeira vez. Estava com uma mala e me olhou com certo desprezo.
— Playboys viciados — sussurra ele, com desdenho — Idiotas.
No primeiro momento não entendi bem o que ele quis dizer, por isso ignorei-o e continuei
andando. Agora faz sentido suas palavras. O que um homem como eu poderia procurar em um prédio tão decadente como aquele, além de drogas?
Fiquei muito tempo no carro do outro lado da rua me decidindo entre ir embora ou desmascarar os dois. Maldita filha da puta! Ela havia me garantido que estava sozinha. Não teria começado essa história se soubesse que havia outro homem em sua vida.
Quando os vi sair juntos abraçados e conversando animadamente senti uma vontade inexplicável de arrancá-la dos braços dele. Ela é minha e ele não tem direito algum de tocá-la.
Segui-os de longe em uma distância considerável enquanto caminhavam pela calçada. Estavam tão perdidos em seu mundinho ridículo que não perceberam o conversível atrás deles.
O idiota nem ao menos havia chamado um taxi. Comigo, Demi estaria em uma Limusine
confortável regada a champanhe e rosas enquanto eu estaria devorando-a em todos os sentidos.
Vinte minutos depois e algumas quadras, eles se dirigiram a uma casa noturna badalada. Já ouvi falar do lugar antes. É um dos novos points favorito de Peter. Não é fácil conseguir entrar ali, mas parece que para eles não houve grande dificuldade. Após o tatuado conversar em um canto com o segurança, eles entraram.
Bom, se ele tinha influência, eu tenho dinheiro. Portanto, não foi difícil entrar no clube, bastou mostrar ao mesmo segurança uma carteira recheada e meu cartão de crédito.
Encontrei-os no bar e o rapaz parece mais interessado no... Que porra foi aquela? O homem havia dado em cima do jovem barman? Ainda não entendi essa parte. Será que Demi tem algum conhecimento sobre isso? Pela forma natural em que ela agiu creio que sim. Isso me enoja, não o fato dele se interessar por outro homem, cada um faz o que quer de sua vida, mas o fato dele dar em cima de outra pessoa descaradamente enquanto estava acompanhando-a. Que tipo de relação eles teriam?
O tipo liberal. Cada um faz o que quer com quem e quando quiser? Faz sentido, afinal ela havia citado em meu apartamento que não está atrás de compromisso sério.
Mas Demi está comigo, porra! É minha noiva para todos os efeitos.
O restante da noite foi uma verdadeira tortura. A cada música mais e mais homens faziam fila para dançar com ela entre um copo de bebida e outro. A forma com que dançava e se entregava a música me deixou excitado e sei que não fui o único ali. Arrisco-me dizer de forma literal que os homens babavam em volta dela à espera de uma oportunidade de deslizarem suas mãos nojentas e imundas pelo seu corpo. Correção, meu corpo. Pois eu a havia marcado como minha. Aquele território é meu.
Cansado de olhá-la se exibir de longe e espumando de raiva, vou para pista de dança para dar fim a tudo isso. Que se dane o amante dela. O imbecil nem estava ali para protegê-la. Com certeza estava à caça de outro rabo de saia.
Aproveitei-me do momento em que um latino bombado solta-a para um giro solto e a tomei em meus braços. Foi como dois imãs a se encontrarem. Carga elétrica total, não importa o quanto estivesse irritado com ela naquele momento, meu corpo pensava diferente e não tinha a mínima vontade em esconder isso.
No primeiro momento, Demi imaginou que estivesse sonhando ou bêbeda demais, mas no
momento em que entrou no carro. No momento em que me tocou e eu a tomei, ela soube que era nada menos do que uma ensandecida realidade.
Durante toda a noite foi o meu corpo a fundir o dela. Foram os meus beijos que a deixam sem fôlego e foi meu nome que ela gritou a noite inteira.
Eu preciso dela e sei que de alguma forma, mesmo que inconscientemente ela precisa de mim.
Pela primeira vez na vida, entendo as decisões de meu pai. Por que se ele sentia pela amante um terço do que sinto por Demi, começo a compreender todos os seus erros. Uma coisa é saber o que é certo, outra é conseguir fugir do pecado. E com essa mulher estou fadado ao inferno.
Por esse motivo havia fugido, da mesma forma que ela havia feito comigo. Não sem antes deixar a pílula em sua cama. Essa é uma complicação desnecessária.
Minha vontade ao voltar da farmácia e encontrá-la ainda dormindo, nua, apetitosa e inocente em sua cama foi de tirar minhas roupas e voltar para dentro dela. Em vez disso, escrevi o bilhete e saí.
Encontro com o canalha ao descer as escadas e não penso duas vezes antes de acertá-lo com meu punho. Não sei se estava bêbado demais ou meu golpe que foi muito certeiro, mas ele caiu como um saco de batatas no chão. Confirmo se ele respira normalmente e o deixo caído sem nenhum remorso.
Afinal, o babaca a havia deixado bêbada e indefesa naquela boate. Nesse momento, em vez de ter estado comigo, Demi poderia ter sido vítima de algum pervertido ou assassino. Mesmo que tenha sido desleal comigo, nenhuma mulher merece isso.
Agora faço as minhas malas, indeciso se devo afastá-la de minha vida de uma vez por todas ou ver até onde isso irá chegar. Não posso ter uma relação de qualquer tipo com uma mulher a qual não confio. Por outro lado, não consigo se quer imaginar a possibilidade de não voltar a vê-la ou tocá-la novamente.
Inferno! O que essa mulher havia feito comigo? Que tipo de feitiço havia me lançado?
Verifico meus e-mails. Há um de minha secretária avisando o horário do voo e que o motorista estaria disponível a partir das sete e meia, caso mude de ideia em usá-lo, o que eu aceito. Não tenho condições de dirigir ou mesmo vontade para isso. Há muitas questões povoando minha cabeça. Pelo menos essa viagem havia chegado à hora oportuna. Quem sabe um tempo longe dela me fizesse enxergar as coisas com clareza? Ao lado de Demi eu perco a capacidade de raciocinar friamente. Todas as emoções são conflitantes.
Às oito horas em ponto eu bato em seu apartamento. Estou mais nervoso do que já estive em toda a minha vida. De uma coisa eu tenho certeza, eu vou confrontá-la. Não vou partir com todas essas dúvidas girando em torno de mim.
A porta é aberta e me deparo com a mulher que ocupou minha mente durante todo o dia.
Meus olhos brilharam de desejo ao analisá-la de cima a baixo. Está com o mesmo vestido preto da noite em que a levei ao Saveur Suprême. O mesmo vestido sexy que me deixou louco de tesão. 
Noto que ela está perturbada com meu olhar insistente.
— Desculpe — ela parece envergonhada — Meu estoque não é muito variado.
— Está linda — dessa vez, os cabelos estão soltos, caindo em ondas sobre as costas.
Eu gosto deles assim, selvagens.
— Vamos? — diz ela, interrompendo meus pensamentos eróticos.
— Sim — coloco a mãos em suas costas e conduzo-a até a saída. Minha mão formiga sobre sua pele aveludada.
O motorista nos espera com a porta aberta o que considero imprudente devido à periculosidade do lugar.
O clima é tenso. De um lado eu quero pegá-la em meus braços e lançar todas as dúvidas e
desconfiança para o espaço. Por outro, eu tenho receio de que esteja me enganando novamente. Talvez eu seja mais parecido com meu pai do que imaginei. Fadado a mulheres erradas e relacionamentos fracassados.
Ela está tensa também. Vejo pelos ombros rijos e os punhos fechados sobre o colo. O olhar fixo na rua através da janela, enquanto morde os lábios de um jeito que sempre me deixa louco. Chegamos ao restaurante italiano e o garçom nos leva até uma mesa discreta que minha secretária havia reservado. Diferente do Suprême esse é mais intimista. Nem sei por que havia escolhido ir até ali, mas reconheço que precisamos de privacidade essa noite.
Uma música suave ao piano toca ao fundo deixando o clima mais romântico. Um garçom nos traz o menu e concentro-me na carta de vinhos mais tempo do que deveria. Na verdade, não sei o que ou sobre o que falar com ela.
— Não posso continuar com isso — murmura Demi, levanto o olhar para ela — Não vai dar
certo.
— O quê?
— Você quebrou as regras, não podemos continuar com isso.
Coloco a carta de vinhos em cima da mesa e a encaro como um jogador estudando a próxima
jogada.
— Eu quebrei as regras? E quanto ao seu namoradinho?
— Do que está falando? — ela parece confusa. Só parece.
— Vamos jogar as cartas sobre a mesa Demi — digo, com acidez. — Eu a vi com ele ontem.
— Está falando do Paul? — ela me encara como se agora compreendesse tudo.
— Quero que termine com ele! — exijo.
Olha-me com falsa inocência de novo, ela é boa.
— Paul é meu amigo — murmura ela, confusa — Além disso, ele é gay.
— Amigo? — pergunto, surpreso com a declaração — Gay?
Se bem que, a parte sobre ele ser gay faz sentido.
— Sim — rebate ela — Há quase dois anos. Desde que cheguei a essa maldita cidade. De onde
tirou a ideia absurda que tenho algo com ele?
— Fale baixo — digo, calmamente.
Demi olha ao redor e seu rosto fica levemente rosado. Eu me divirto com isso. Há poucas coisas que a deixam desconcertada.
— Desculpe.
— Então, ele é seu amigo gay? — mexo com a ponta do guardanapo sem ter coragem de olhar para ela. Idiota — Pareciam bem íntimos.
— E somos — replica ela — Paul é como um irmão para mim. Um irmão que nunca tive. Não sei o que seria de mim se não tivesse encontrado ele e Jenny.
Pelo visto eu havia sido um verdadeiro babaca. Não era só parecido com meu pai. Sou igual a
Kevin e minha mãe, eu a havia julgado injustamente, de novo.
— Como me encontrou lá?
Droga! Eu não posso falar a verdade, vai achar que sou um maluco, pior que isso, um maníaco perseguidor.
— É um clube, Demi. Assim como você, eu saí para me distrair. Só que ao contrário da senhorita, eu não fiquei me esfregando em outras pessoas, exibindo-me para casa toda assistir. 
Isso mesmo! Parabenizo-me. Estou pronto para estragar tudo novamente, com essa crise de ciúmes.
— Eu estava dançando salsa. Joseph — diz ela, furiosa — E está agindo como um namorado
traído. E são apenas negócios não são?
Filha da mãe! Olhe dentro dos meus olhos Demi Lovato e, me diga se são apenas negócios,
realmente?
— E não é porque Sophie traiu você que todas as pessoas farão o mesmo. Não quer dizer que eu faria!
— Não pensaria assim, se conhecesse o histórico de meu pai — confesso, num tom azedo — O histórico de pessoas que mentem para mim, que me enganam, vem muito antes dela.
Essas lembranças me deixam amargo.
— Tenho dois irmãos ilegítimos — murmuro — Dois irmãos que me odeiam.
— Oh — a boca dela abre, em um círculo perfeito.
— Descobri isso aos 16 anos — falo sem emoção — Um dia segui meu pai em uma de suas
supostas viagens de trabalho e descobri sua segunda família perfeita. Pareciam felizes. Ele parecia feliz com eles, diferente.
— Sinto muito.
— Quando voltei eu o confrontei. Para minha surpresa, minha mãe e irmão já sabiam sobre isso. Eu era o único idiota às escuras.
— Joseph...
— Nesse dia meu pai e eu tivemos uma grande briga — as lembranças queimam em minha
garganta — Ele bebeu demais e saiu dirigindo... Você pode imaginar o resultado disso.
— Não pode se culpar por isso...
— Ah... — respiro fundo — Eu não me culpo, mas minha mãe e a segunda família de meu pai sim.
Minha mãe porque causei a morte do único homem que achou que amou na vida e meus irmãos por ter tirado o pai deles. Para eles minha mãe é uma megera, Kevin e eu dois meninos ricos, mimados e que haviam destruído suas vidas.
Não sei por que estou falando sobre isso com ela. Embora Sophie saiba desse lado podre de
minha família é algo que nunca discutimos. É algo vergonhoso, escandaloso e que deveria ser apagado.
— Não sei que mentira meu pai contou a eles durante todos os anos — murmuro — Mas não
foram coisas boas. Minha mãe não permitiu que eles fossem ao funeral de papai, então acho que a opinião deles não mudou muito.
Demi me encara compadecida. Piedade é a última coisa que eu quero ver em seu rosto.
— Aceitei Joseph como noiva porque era fria, educada e as aparências eram importantes demais para que fizesse algo escandaloso, como me trair — continuo, ácido — Estava enganado novamente, não é?
— Não temos culpa pelos atos das outras pessoas, Joseph — diz ela, segurando minha mão,
sobre a mesa — Minha mãe me largou em um orfanato quando eu tinha sete anos...
— Não precisa contar se isso ainda a machuca — aperto seus dedos em sinal de conforto.
— Não quero mesmo falar desse assunto — sussurra ela, puxando a mão — Todos nós temos
decepções não é mesmo?
— Eu tenho que viajar por alguns dias — retiro um envelope do paletó e entrego a ela. Indico a folha de cheque em sua mão — Seu pagamento.
— Eu não acho... — Demi olha para folha de cheque como se fosse algo contagioso.
— Aceite Demi — encaro-a com firmeza — Você fez sua parte.
— Me diz sobre o fato de ter feito um escândalo na casa de Kevin ou por ter ido para cama com você?
— Não transforme o que tivemos em algo sujo! — falo, exaltado — Sabe que não é assim.
— Eu não sei de mais nada — sussurra ela, colocando a folha sobre a mesa — O que é isso?
Demi tira as chaves do envelope e balança a minha frente.
— Aluguei esse apartamento há dois dias...
— Já entendi tudo! — ela se levanta exaltada — Pedi tantas vezes que não me tratasse como uma prostituta e foi à primeira coisa que fez.
— Demi!
Pego o cheque em cima da mesa e alcanço-a no corredor, seguro seu braço impedindo-a de
continuar andando.
— Vá para o inferno!
Eu sei o que pode acalmá-la então eu o faço. Noite de ano novo. É exatamente assim que me sinto ao sentir os lábios dela contra os meus. Eletricidade e fogos de artifício por todos os lados. Eu tenho que me conter. Estamos em um lugar público e se não estou enganado vi uma das colunistas de fofoca sentada em uma das mesas próxima a nós.
— Não faça nada que se arrependa — sussurro, em seu ouvido — Conversamos no carro.
Não sei se foi o tom ameaçador da minha voz, as circunstâncias que falam por si mesmo ou se foi o meu beijo que a paralisou. Ela me segue para fora com uma calma que sei que está longe de sentir.
— Não é o que pensa Demi... — eu digo, assim que entramos.
— Não é? — diz ela, com olhos marejados — Por acaso não alugou esse apartamento imaginando como seria maravilhoso ter uma mulher esperando-o todos os dias? Uma mulher a sua disposição o tempo todo em troca de dinheiro e...
— Aluguei esse apartamento para minha noiva — interrompo-a — Não pode continuar morando ali, não é seguro.
— Não é seguro ou você tem vergonha? — corta, ironicamente — Pensei que o objetivo fosse
chocar as pessoas.
— Eu realmente acho que aquele prédio não é seguro — esfrego o rosto desanimado — Você
sabe que não é. Além disso, em breve nossa relação seria pública. Já imaginou milhares de
repórteres ali. Que privacidade teria? Pensei apenas em sua segurança.
— E quanto a Jenny? — ela empina o queixo determinada — Para onde eu for ela irá junto
comigo.
— Há dois quartos no apartamento. Pode levá-la se quiser — murmuro — Pode até mesmo levar seu amigo estúpido se é isso que quer.
Eu não tive segundas intenções como ela havia concluído. Pensei apenas em sua segurança. Não vou mentir que aquele prédio me desagrada de todas as formas, mas a segurança dela está em primeiro lugar.
— Tem certeza? — Demi me olha desconfiada — Sabe que não teríamos privacidade alguma.
— Sem sexo, lembra?
Ela recua e eu vejo seu olhar decepcionado com o que disse. Com certeza não. Essa noite havia me provado minha incapacidade de ler as pessoas.
— Como minha noiva você é alvo de pessoas mal intencionadas.
— Você quer dizer sequestradores? — ela me encara em pânico.
— Isso entre outras coisas — confirmo — Não tive a intenção de que se tornasse minha amante.
— Posso pensar sobre isso?
— Viajarei por alguns dias — informo — Vou para Dubai...
— Dubai!
— Não é em outro planeta Demi— digo animado com sua reação, talvez não seja tão mal em ler as pessoas assim — Voltarei em poucos dias. Ligarei para você e se decidir mudar de ideia quanto nosso acordo mude-se assim que quiser.
— Eu não sei...
— Pense! — o carro para em frente a seu prédio e eu volto a entregar o cheque a ela — Fique
com isso. Você mereceu.
— Mas... mas — balbucia, horrorizada — Vinte mil dólares Joseph?
— Foi o combinado. Você fez sua parte e, se desistir... Use-o para sair desse lugar.
— O combinado era...
— Não seja teimosa, Demi — murmuro, abrindo a porta para que ela desça — Aproveite as
chances que a vida lhe dá. Acredite em mim. Isso não acontece muitas vezes.
Vejo-a balançar a cabeça e descer do carro. Acompanho-a até a porta do apartamento e aguardo enquanto procura as chaves na bolsa.
— Você quer entrar — pergunta ela com a cabeça baixa — Posso preparar alguma coisa. Afinal parece que temos a mania de pular o jantar. Mas eu não sou uma boa cozinheira e...
— Perdi a fome — suas mãos estão trêmulas enquanto segura a chave contra o peito — E preciso ir para o aeroporto.
— Certo — sussurra ela e me encara — Boa viagem então.
Eu gostaria de beijá-la, mas não quero complicar as coisas, não mais do que já estão.
— Até logo.
Viro-me para ir embora quando algo importante me vem à cabeça.
— Demi? — pergunto, ansioso.
— Sim?
— Você tomou a pílula?

Joseph morrendo de ciúmes kkkkkk
será que a Demi irá ficar no apartamento? às vezes o Joseph é um babaca mesmo.
será que a demi tomou a pílula? confiram nos próximos capítulos kkkkkkk
o que acharam? espero que tenham gostado.
até logo, bjs amores <3
respostas do capítulo anterior aqui

7 comentários:

  1. Eu ameiiiiiiiiiiiiii continua!!! ❤❤❤

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    1. que bom que gostou amor, fico muito feliz.
      vou postar hoje, bjs <3

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  2. Mds eu amo suas fanfics. Continua por favooor!!!

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    1. que bom que gostou amor, fico muito feliz.
      vou postar hoje, bjs <3

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  3. Oieee, fiquei apaixonada pelas suas fics, são incríveis.
    Poste mais!

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    1. seja bem-vinda!
      que bom que gostou amor, fico muito feliz.
      vou postar hoje, bjs <3

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