19/02/2018

begin again: epílogo


Nove meses depois

A maré está subindo aos poucos, a água está avançando cada vez mais sobre a praia a cada onda. É cauteloso no início, fluindo suavemente como se estivesse experimentando o novo trecho de areia antes de correr de volta para se juntar ao resto do mar. Charlotte salta a onda quando quebra, deixando-a persegui-la até a praia. Seu cabelo esvoaça atrás da cabeça quando ela corre. Qualquer som que faça é roubado pela brisa da primavera, mas noto pelos formatos de sua boca que ela está rindo. Me aquece o coração vê-la tão despreocupada.
Pegando meu copo térmico, engulo o resto do café, antes de voltar minha atenção para os papéis sobre o joelho. Vou fazer a primeira bateria de provas na semana que vem. Estou com tanto medo de não ser aprovada que uso todas as chances que tenho para revisar. Embora a graduação seja apenas em meio período, em período integral é o trabalho de tentar encaixar os estudos com meu emprego no centro de apoio local e com cuidar de Charlotte. Neste ritmo vou levar seis anos para conseguir o diploma. Não me importo. Estou apenas curtindo o aprendizado.
– Podemos ter um cachorro? – ela está sem fôlego quando desaba ao meu lado na manta. – Um bem grande, com muito pelo.
– Não. – estendo a mão e bagunço os cabelos dela. Estou ficando melhor em dizer a palavra com “n”. No início, após a morte de Daisy, eu não conseguia me fazer negar nada à Charlotte. Levamos nove meses para chegar aqui, ao tipo de relacionamento em que posso dizer não e ela não chorar. Ainda estamos trabalhando nas coisas.
– Um gato? – ela não desiste.
– Talvez um coelho ou um porquinho-da-índia – concedo. – Algo que não dê muito trabalho.
– Um hamster! – seus olhos se iluminam. – A Rebecca Grant tem um e é tão lindinho! Se bem que deixa ela acordada a noite toda.
Sorrio e ofereço uma garrafa de água. Vamos pensar a respeito. Talvez fazer um passeio à loja de animais de estimação e ver como eles são. Um passo de cada vez, eu me lembro. Um ano atrás eu estava num casamento sem filhos.
Agora sou mãe de uma menina de 9 anos. Não sou perfeita, mas estou tentando dar o meu melhor. Nós duas estamos.
– A Rebecca pode vir brincar comigo depois da aula, na semana que vem?
– Claro, vou ligar para mãe dela. – olho mentalmente na minha agenda, outra coisa que aprendi a fazer desde que levei Charlotte para morar comigo. Temos que planejar nossos horários com precisão militar. Entre aulas de dança e dias de brincar na casa de amigas, além de escola, faculdade e trabalho, temos uma vida bem agitada. Estou prestes a perguntar que dia ela quer que seja quando meu celular toca.
– É a Selena – digo, olhando para a tela. Quando atendo, Charlotte sai correndo e vai buscar mais conchas para sua pilha em casa. Ela sabe que Selena e eu conversamos por séculos no telefone. Agora que nós duas somos mães, por assim dizer, é bom ter essa rede de apoio.
– Oi – digo no telefone. – Max está dormindo?
– Acabei de fazê-lo dormir. Acho que temos meia hora antes de ele começar a chiar. – Selena soa exausta, assim como qualquer mãe ou pai de um bebê de três meses. – Como estão as coisas em Hudson esolarada?
– Nada ensolaradas. – olho para cima. – O céu está cheio de nuvens cinzentas.
– Aqui está lindo. O sol está aparecendo, o céu está azul e todo mundo está andando de biquíni. Você deveria voltar para Nova York, sem dúvida.
Rio da mentira deslavada. Toda vez que conversamos ela tenta me convencer. Ou são os museus gratuitos ou os excelentes restaurantes ou o tempo bonito; ela usa qualquer desculpa para nos encorajar a voltar. Há uma parte de mim que sente falta da agitação da cidade, da emoção que parece presente no ar. Mas a mudança tem sido a melhor coisa para Charlotte. Melhores escolas, espaços abertos e ainda a apenas quarenta minutos de trem da cidade grande.
– Ou você poderia se mudar para cá – retruco.
Ela ri.
– Imagine o rosto do Nicholas, ele iria surtar.
– Como o Nicholas está? – não o vejo desde que ele veio passar o dia aqui com Selena e Max, há alguns meses. Engulo um sorriso quando me lembro dele me dizendo que seu sofá era grande o suficiente para mim e Charlotte. Se algum dia nós quiséssemos nos mudar para a casa deles.
– Ocupado. Tem alguns empresários sondando a banda. Ele anda pensando que é a droga do Mick Jagger. – não gosto da maneira como a voz dela falha. Tenho a impressão de que há mais do que isso, mas não sei o que fazer. Talvez esteja na hora de uma viagem a Nova York.
– Ele sempre foi um exibido.
– Você não está errada nesse aspecto. – a risada dela é curta, e logo ela muda de assunto. – Você tem notícias do Joseph?
– Praticamente todos os dias. – faz três meses que ele está em Londres dando uma exposição. Não são apenas suas mensagens constantes que me fazem sorrir, embora façam, mas o fato de que ele envia cartões postais à Charlotte a cada poucos dias. Sem nada escrito, apenas imagens engraçadas que ele desenha na frente. Ela pendurou todas na parede, como um santuário a Joseph Jonas que me faz sorrir cada vez que entro no quarto dela. – Ele vem para casa na próxima quinta-feira.
Não preciso dizer a ela que mal posso esperar. Estamos levando as coisas devagar, Joseph e eu. Ele ainda tem o apartamento em Nova York, mas passa os fins de semana com a gente em Hudson, conhecendo Charlotte. Pode não ter sido a maneira ideal de começar um relacionamento, mas vamos levando da melhor maneira possível.
E quando eu o observo pintar com ela, vendo a paciência gentil com que ele fala suavemente e a faz rir, não posso deixar de me apaixonar por ele novamente.
– Alguma notícia da adoção?
– As rodas estão girando devagar. – fico momentaneamente distraída, observando Charlotte correr muito perto do mar. Ela grita e corre novamente. As barras de sua saia jeans estão manchadas de azul-escuro por causa da água. Ela acena para mim e aceno de volta, meu sorriso correspondente ao dela. – Rafiya diz que em mais alguns meses vamos conseguir. Mal posso esperar. – quero esse pedaço de papel, o que diz que Charlotte é minha. Até lá, ainda vou ficar um pouco nervosa.
– Isso é ótimo. Vamos ter que começar a planejar essa parte. Qualquer desculpa para uma festa. – posso ouvir o sorriso em sua voz. – O que vocês vão fazer neste fim de semana?
– Vamos para almoçar na casa dos meus pais. – outro efeito colateral da minha guarda de Charlotte, uma certa aproximação com meus pais. Eles se apaixonaram por ela, aproveitaram a oportunidade para serem avós como se fosse a única chance. – Agora estamos na praia. Charlotte está pulando ondas.
– Parece perfeito.
– Esqueci de te dizer, vi Simon na semana passada. Ele veio para cá passar o dia – sorrio quando me lembro da visita. Tínhamos algumas últimas coisas para resolver, mas decidimos levar a papelada para a praia. Ele bebeu chá de uma garrafa térmica e nós comemos sanduíches embrulhados em papel alumínio. Ele parecia um pouco fora de lugar, mas acho que gostou.
– Sério? Como ele está? – embora Selena nunca tenha sido muito próxima de Simon, ela sabe que ele sempre foi gentil comigo.
– Ele parece muito bem. Comprou uma casa de fim de semana na Escócia, algum tipo cabana de caça ou algo assim. Ah, e ele tem uma namorada. – dizer a palavra me faz sorrir. Simon parece um pouco sério demais para ter uma namorada, mas foi assim que ele chamou. Aparentemente, ela gerencia a agência imobiliária que cuidou da compra. O que explica por que ele passa quase todo fim de semana na Escócia. Ele parece feliz, contente, e há uma luz em seus olhos que não vejo há algum tempo. Esse fato por si só me faz gostar muito desse novo desdobramento.
– Uma namorada? Uau. Eu não esperava isso. – ouço-a mexer em alguma coisa, como se ela estivesse entrando em outro cômodo. – É melhor eu ir. Max está acordando. Eu te ligo de novo à noite.
– Tá, a gente se fala. – desligo e ponho o telefone de lado. A maioria das nossas ligações acabam assim: ou Max acorda ou Charlotte precisa de ajuda com alguma coisa. Dificilmente nos despedimos.

***

Uma hora mais tarde, a praia está ficando mais cheia de casais que saem para fazer a caminhada da tarde, com cães saltando entre os seixos, perseguindo ondas e gravetos. Um grupo de adolescentes abre latas de bebida e ouve música no celular.
É uma boa hora de ir para casa. Levanto-me e vou até Charlotte, mas em vez de conseguir mexer as pernas, de repente elas começam a tremer debaixo de mim.
Ele está aqui.
Ele caminha até a praia, óculos de sol cobrindo os belos olhos verdes brilhantes. A brisa à beira-mar sopra em seu cabelo, afastando-o do rosto. Quero correr mais e arrancar os óculos dele, olhar profundamente dentro de seus olhos e ver o que ele está sentindo. Mas fico plantada no lugar.
Joseph sorri ao se aproximar e faz meu coração doer. Não sei se seu olhar está em mim ou não, mas o meu não vacila.
– Oi. – ele para a poucos passos de distância, e enfia as mãos nos bolsos, balançando desajeitadamente para frente e para trás. – Espero que você não se importe, achei que poderia te encontrar aqui.
Me importar? Ele está louco? Um enorme sorriso divide minha boca e me lanço sobre ele, me envolvendo em seus braços. Ele me pega, rindo, e no momento seguinte seus lábios estão nos meus. Não me importo de estarmos na praia, ou que todo mundo possa nos ver, só quero beijá-lo sem parar.
Quando finalmente nos afastamos, nós dois sem fôlego, ainda há um sorriso em seu rosto.
– Como foi que você voltou tão cedo?
– Terminamos ontem. Então mudei minha passagem. Eles me colocaram na lista de espera. Eu não te disse para o caso de não dar certo. – ele afasta o cabelo dos olhos e percebo como ficou comprido. Seu rosto está escuro com a barba por fazer, como se ele não a raspasse há algum um tempo. Está se parecendo com o artista que é.
– Então, tenho uma notícia – digo.
Ele inclina a cabeça para o lado, me examinando com os olhos apertados.
– Que tipo de notícia?
– Meu divórcio saiu.
No final, concordamos que Simon iria apresentar uma declaração do meu adultério. Era isso ou esperar por dois anos, algo que nenhum de nós queria fazer. A ruptura era melhor para todos, e menos confuso para Charlotte. Agora Simon encontrou outra pessoa, espero que também seja boa para ele.
– Sério? – Joseph me puxa em seu abraço novamente e nós dois começamos a rir. – Não posso acreditar, achei que fosse demorar mais tempo. – seu entusiasmo é contagioso e me aquece por dentro. – Temos de fazer alguma coisa para comemorar. Champanhe ou algo assim.
Olho para Charlotte, que está olhando para o mar. Ela ainda não o notou. Se tivesse, Joseph saberia.
– Charlotte quer comprar um hamster.
– O modo perfeito para comemorar – diz ele. – Champanhe, balões e um hamster. Todas as estrelas de Hollywood fazem isso.
Sorrimos um para o outro por um momento. As linhas de expressão de riso ao redor de seus olhos parecem profundas e bem usadas. Gosto muito disso. Ele pega meu rosto nas mãos, e suas palmas são quentes nas minhas bochechas. É como se ele fosse me beijar, sinto a respiração falhar. Em vez disso, ele se inclina para frente, toca a testa na minha, e estou olhando para os olhos verdes.
É mais íntimo do que um beijo. Me deixa mais exposta. Porque ele me olha como se estivesse procurando alguma coisa, e estou desesperada para que encontre.
– Significa que podemos falar sobre nós? Sobre o nosso futuro?
Jogo os braços em volta do pescoço dele e o puxo para perto. Temos evitado quaisquer grandes discussões, pelo menos enquanto Charlotte estava se adaptando a todas as mudanças. Mas agora que já não sou mais casada com Simon, sei que é hora de falar sobre nós.
Pelo canto do olho, vejo Charlotte observando nós dois, de costas para o mar e as mãos nos quadris. Então ela começa a correr, cabelos ao vento, saia girando em torno dos joelhos. Quando ela cruza o cascalho, já está sem fôlego, bochechas rosadas por causa do vento e do esforço. Como eu, ela corre para Joseph, e ele fica de braços abertos, pronto para recebê-la.
Queimo por dentro quando o vejo agarrá-la, enterrando o rosto em seu cabelo quando ela se apega a ele.
– Você voltou, você voltou! – ela começa a tagarelar. – Você disse que não iria voltar até a semana que vem. Tenho tanta coisa pra te contar. Tenho uma nova melhor amiga, vou participar de um recital de dança e vou ganhar um coelho.
– Um hamster – corrijo, voz inexpressiva.
– Vamos comer peixe com batata-frita hoje à noite, no sofá, assistindo Britain’s Got Talent. Demi diz que podemos dividir uma porção entre nós e ainda não vamos aguentar comer tudo. – ela se afasta dele e franze a testa. – Acho que agora a gente vai ter que comprar duas.
– Não tem problema, eu compro. – ele soa muito sério, e eu adoro. – Quer que eu também compre bolos ou é demais?
Ela olha para cima de novo e dou de ombros. Outra coisa que o terapeuta disse. Deixá-la tomar algumas decisões. Dar a ela uma sensação de segurança, fazer com que se sinta no comando da própria vida.
Com razão. Sempre com razão.
– Hum, tá. Acho que bolos vão ser legais.
– Ótimo. Vou sair às seis para comprar bolos e batatas-fritas e vou me preparar para meus ouvidos explodirem. – ele ergue os olhos e sorri para mim. – Está tudo bem com você?
– Parece perfeito – respondo.
– Espere um minuto – diz Charlotte. – Como você sabia que a gente estava na praia? Como você conseguiu encontrar a gente?
Ele chega para frente e afasta o cabelo dela dos olhos com cuidado. Ela não vacila. Na verdade, o toque a faz sorrir.
– Sempre vou encontrar vocês, linda. Se eu tiver que bater em todas as portas da cidade, prometo que vou encontrar. Enquanto vocês quiserem ser encontradas.
Lágrimas fazem meus olhos arderem. Suas palavras são melhores do que mil eu-te-amos, tão doces quanto uma centena de beijos. Charlotte rouba as palavras da minha boca quando sussurra a resposta:
– Quero ser encontrada com certeza.

***

Charlotte vai para a cama depois de uma noite de cantores terríveis e imitações ainda piores, e me certifico de que ela escovou bem os dentes para compensar os donuts açucarados que todos nós devoramos. Ela pede para Nicholas ler uma história e fico na porta, ouvindo a voz macia e melodiosa, enquanto ele interpreta todos os personagens.
Quando ele termina, Charlotte conta sobre as aulas de dança e pergunta se ele vai poder ir ao recital. Ele beija o topo da cabeça dela e promete que vai. Meu coração parece prestes a explodir.
Não sei se já vi alguma coisa mais bonita do que as duas pessoas que eu mais amo se apaixonarem uma pela outra. Sou tão ferozmente protetora de Charlotte que demorei muito para deixá-lo entrar, mas estou muito contente por ter permitido. Porque aqui, observando os dois, não consigo pensar em mais nada além de sermos uma família.
Mais tarde, depois de levarmos a louça para a cozinha e de Joseph verificar todas as trancas possíveis na casa, subimos as escadas estreitas e íngremes para meu quarto minúsculo, nos apertando para passar por uma cômoda e pelo guarda-roupa para chegarmos à cama. Uma timidez súbita toma conta de mim, como se os meses em que ele passou longe tivessem tornado tudo estranho e novo. Sento-me no colchão, dedos agarrando à colcha.
Tudo levou até este ponto. Me esforcei tanto para fazer Charlotte se adaptar, e depois tivemos meu divórcio e a exposição de Joseph. Nunca conversamos realmente sobre o que aconteceria depois, para onde iríamos a partir daqui. Nunca nos demos ao luxo de pensar em “nós”.
Neste momento, é só em que consigo pensar. Enquanto ele está na janela, olhando para a noite negra, me percebo preocupada se ele sabe onde está se metendo. Se ele percebe o quanto pode ser difícil, especialmente quando algo lembra Charlotte de Daisy e ela se recolhe em uma casca de teimosia e raiva.
– O que você está vendo? – pergunto-lhe. Os músculos debaixo de sua camiseta se mexem quando ele se vira para me olhar.
– A lua. Está linda. Grande e redonda, como um prato de jantar. Só precisa de uma vaca pulando em cima. – ele estende a mão. – Vem ver.
Ando até a janela e ele está atrás de mim, braços em volta da minha cintura, corpo pressionado às minhas costas. Me sinto quente e segura. Encapsulada. Um pequeno suspiro escapa dos meus lábios enquanto olho para a noite.
Ele está certo, é linda. A lua está baixa no céu preto-azulado, um disco amarelo-pálido cercado por um salpicado de estrelas. É tão bonito que quase poderia ser uma pintura. Viro a cabeça e olho para Joseph, prestes a dizer o quanto é perfeito, mas então vejo a expressão em seu rosto. Intensa e quente, e me rouba o fôlego.
Seus lábios pressionam os meus, sua língua desliza para dentro. Curvo o corpo contra o dele, com a necessidade de chegar mais perto. Enfio os dedos em seu cabelo escuro, e puxo delicadamente, fazendo-o prender a respiração. Ele faz um caminho de beijos pela minha mandíbula, pelo meu pescoço, mordiscando a pele levemente ao prosseguir. Quando fecho os olhos, consigo sentir a pontada de necessidade na minha barriga, enquanto sua mão acaricia meus seios. Minha cabeça tomba para trás, encostando na vidraça fria. Ele pressiona as mãos nos meus quadris, e me levanta até que as minhas pernas estejam enlaçadas em sua cintura. Tenho que segurar seus bíceps rígidos, me equilibrando enquanto ele continua a passar os dentes na minha pele.
É devastadora essa necessidade de estar com ele, de ter essa conexão. Ele me leva para a cama, não mais do que alguns passos e me deita suavemente antes de subir em cima de mim. É quando o desespero toma as rédeas: dedos urgentes mexendo com botões, mãos desajeitadas puxando camisas.
Estamos pele contra pele, meus seios pressionados no peito dele, e levo um momento maravilhada com o quanto a sensação dele é incrível. É uma sensação que quero guardar para sempre, como uma foto amassada e dobrada que posso levar a todo lugar na minha carteira. Quando a boca dele mergulha para baixo, capturando um mamilo entre os lábios macios, o desejo oblitera todo o resto.
Joseph entra em mim, pressionando a boca na minha para engolir meus gritos. Vamos com calma, mãos explorando músculos duros e pele macia; lábios se movendo juntos, como se não pudéssemos suportar a separação. Fecho os olhos com força quando o prazer radia de mim, meu corpo rígido em volta dele, como se eu não pudesse suportar ficar longe. Então ouço sua respiração presa na garganta. Ele para acima de mim, e abro as pálpebras para ver seu olhos apertados fortemente enquanto ele tenta não gritar.
É um momento cheio de pequenas perfeições. A curva de seu lábio, a protuberância dos músculos de seu braço que sustentam seu corpo para não desabar em mim, as ondulações de suas costas às quais me agarro, e a curva suave de seu traseiro quando deslizo as mãos para baixo.
Ele deixa cair o rosto no meu e sinto sua respiração, cálida e rápida na minha bochecha. Viro-me e estamos nos beijando de novo, desta vez mais lento. A ternura de seu toque aperta meu coração. Ele rola de lado, me puxando contra ele, e sua mão embala minha cabeça nos músculos rígidos de seu peito. E tenho certeza de que estou exatamente onde eu deveria estar.
Não é perfeito. Não somos anjos. Mas nós três temos algo que procurei minha
vida inteira.
Somos uma família. E nada vai nos separar.

amores finalmente o epílogo da história e a Demi conseguiu a guarda da Charlotte <3
espero muito que vocês tenham gostado desta história, eu amei posta-lá aqui.
tentei o máximo fazer com que ficasse boa e eu acho que ficou bom.
a próxima história já estou escrevendo e vai ser demais, garanto para vocês.
o que posso dizer é que vai ter muita treta, reviravoltas e claro muito amor Jemi.
me digam o que acharam nos comentários, volto logo com a sinopse.
beijos, Jessie.

6 comentários:

  1. Muito linda! Eu amei, cê sabe. Eu sei que você voltará com uma muito boa porque é isso que grandes escritoras fazem. Parabéns e obrigada por não parar de escrever. 💜 volte logo!!

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    1. Fico muito feliz que você tenha gostado amor.
      Vou postar a sinopse hoje, espero que goste.
      Beijos, Jessie.

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  2. Respostas
    1. Fico muito feliz que tenha gostado amor.
      Vou postar a sinopse hoje, espero que goste.
      Beijos, Jessie.

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  3. PERFEITO!

    Ansiosa pra ler a próxima historia aaaaa

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    1. Fico muito feliz que tenha gostado amor.
      Vou postar a sinopse da nova história hoje.
      Beijos, Jessie.

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