30/09/2017

begin again: capítulo 7


Nove anos antes

Está escuro aqui. Sombrio e úmido, barulhento e vivo. O suor paira no ar como uma névoa. Dançamos loucamente, nosso cabelo chicoteando pelo rosto em mechas molhadas e embaraçadas. Gotas de suor salpicam nossa testa e em cima dos nossos lábios. Corpos pressionam ao meu redor de todos os lados quando levantamos nossas mãos no ar, rindo, gritando e dançando com a batida hipnótica.
Adoro todos eles. Adoro todo mundo aqui. Não consigo entender como as guerras acontecem, como existe ódio, porque essas pessoas são perfeitas, bonitas, incríveis. Não conheço a maior parte delas, mas quando cruzamos olhares, sorrimos com dentes à mostra, e uma onda de emoção percorre meu corpo. Meu coração está tão cheio que acho que poderia explodir.
Sinto braços enlaçarem minha cintura, um corpo duro pressionando minhas costas. Derreto-me nele, coloco as mãos para trás, passo os dedos no cabelo curto, molhado. Sinto nitidamente seu perfume. A pele macia, almíscar misturado com o aroma fraco do pós-barba. Ele sobe as mãos pela minha cintura, roçando os dedos até meu tórax, depois sustenta meus seios, pressionando os polegares nos meus mamilos já duros. Quando arqueio as costas numa resposta ofegante, posso sentir sua ereção pressionada à lateral do meu quadril. Ele começa a beijar a pele sensível de meu pescoço e acho que estou prestes a explodir.
Eu o amo.
É só nisso que consigo pensar quando ele se esfrega em mim e giro a cabeça até que meus lábios encontrem os dele. São macios, suaves e se mexem lentamente na minha boca e praticamente imploro para ele deslizar a língua para dentro. Ele não tem pressa, respirando em mim, provando minha pele, murmurando, nos meus lábios, palavras que não consigo entender.
De repente, ele me gira até nossos corpos estarem apertados um contra o outro de frente, unidos numa coisa só pelas pessoas que nos circundam por todos os lados. Enlaça os dedos pelo meu cabelo úmido, inclinando minha cabeça até que se encaixe na dele como uma luva. E nos beijamos e nos tocamos e giramos por longos minutos ou horas ou dias até ficarmos sem fôlego, necessitados. Sabemos que devemos sair ou transar aqui mesmo nessa balada. Ele encobre minhas mãos nas suas e me puxa pela multidão. É como andar na lama grossa; estamos lutando contra a maré e, mais do que algumas vezes, temos de parar e sair de novo. Cada vez sinto meu coração bater um pouco mais rápido, quando os dedos de Joseph apertam lugares que pulsam, ondulam e imploram que ele me dê mais.
Toda vez que nos beijamos, cores explodem em minha mente como fogos de artifício, que sinto me queimarem desde meu couro cabeludo até a ponta dos meus dedos do pé.
De alguma forma, voltamos para o quarto dele. Joseph acende as luzes e pisco rapidamente, pois o brilho fere meu cérebro. Vou andando com passos incertos, mas meu caminho é impedido por uma miríade de telas meio pintadas apoiadas nas paredes, gaveteiros e até mesmo um estrado de cama. A profusão de cores toma meus sentidos de assalto e me faz querer chorar.
Então ele me toca de novo. Me puxa em cima de sua cama meio arrumada, chutando os cobertores amassados para baixo, e assim ficamos apenas nós e o colchão, a paz e o amor. Ele passa horas para me despir, leva longos minutos para beijar e lamber cada polegada recém-exposta da minha pele. Quando seus olhos encontram os meus, vejo a concentração por trás de sua expressão vítrea, como se ele estivesse determinado a não perder um único pedaço do meu corpo. Seus lábios são lentos, macios, gentis e provocam uma sensação do paraíso. Quando estamos nus, ele pressiona o corpo no meu e parece que somos feitos de carne líquida, fundindo-nos um ao outro, e o conceito de “nós” parece ser algo externo. Somos nós, eu, ele, Joseph e Demi, uma só pessoa, um só corpo, um só coração, um só fôlego.
Assim que ele entra em mim, sinto cada centímetro seu deslizar no meu interior. Agarro-me a ele com força, minha boca pressionada contra a sua, beijando-o, sentindo-o, aceitando-o. Quando ele desliza dentro de mim, com gritos ásperos e sem fôlego, sei que vai ser melhor do que qualquer droga.
E logo estamos indo e vindo, com corpos líquidos, músculos doloridos. Sua respiração é a minha quando nossas bocas se movem juntas, e o prazer é tão intenso que quase dói. Então, quando os fogos de artifício explodindo por trás das minhas pálpebras bem fechadas se misturam nas sombras, sinto os lábios dele na minha bochecha, macios, suaves. Gemidos cálidos roçam minha pele.
– Demi.
Amaneira como ele diz faz meus olhos arderem. Reverente. Assombrado.
Somos todos braços e pernas entrelaçados. Unidos pelo amor louco e melado de tão doce. Centenas de pequenas descargas elétricas pulsam quando ele sai de mim, meu corpo ainda zunindo de prazer. Adormecemos, uma confusão de pele quente e suspiros profundos, nossos corpos encharcados de suor. Quando acordamos de manhã, a luz pálida da madrugada infiltrando-se pelas cortinas semicerradas, ainda estamos retorcidos um no outro, como se fôssemos uma única pessoa.
Antes mesmo de ficarmos totalmente sóbrios, consigo sentir que tudo mudou. Já não sou a garota que eu costumava ser.
Porque, agora, sou a garota dele.

um capítulo especial de Jemi a nove anos atrás, e aí gostaram?
me digam o que acham nos comentários, ok?
você já ouviram o hino que é o álbum da Demi? estou apaixonada.
e essa história da música ruin the friendship ser para o nick? estou passada.
espero muito que vocês gostem, volto em breve.
respostas do capítulo anterior aqui.

2 comentários:

  1. Amei o capitulo!
    Aeeee momento Jemi amei.
    E sobre Ruin the friendship eu nao acho q seja para o Nick nao, mds a Demi podeira revela pra quem q é...affs talvez um dia ela revele pra nós.e enquando isso povo fica com as teorias se é pro Joe ou pro Nick.

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    Respostas
    1. Fico feliz que tenha gostado amor. Amo esses momentos Jemi.
      Sobre a teoria da música não sabemos, só podemos ficar na curiosidade mesmo hahaha. Demi poderia soltar tudo no ventilador né hahaha.
      Vou postar novo capítulo hoje.
      Beijos, Jessie.

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