28/02/2017

heartbeat: capítulo 31


Que comecem as batalhas dos homens das cavernas

– Estou quase certo de que, se você apertar a minha mão só mais um pouco, eu perco a circulação.
Joseph olhou para a mão suada de Demi, entrelaçada à sua. Ela parecia estar numa montanha-russa, segurando-se a ele como se isso pudesse lhe salvar a vida. Sabia que Demi tinha medo de voar, mas, caramba, que força era aquela! Ela só tinha metade do seu tamanho...
– Do que eu iria servir para você se perdesse a mão? Sou extremamente talentoso, mas ter só uma das mãos iria dificultar as preliminares.
Demi engoliu em seco, tentando se concentrar no sorriso de Joseph.
– É verdade, uma mão só não é legal. – ela inspirou, tentando clarear a mente. Soltou-a um pouco e fechou os olhos com força. – Mais quanto tempo até a gente aterrissar?
Erguendo a mão direita, que, por acaso, não era a que Demi estava tentando destruir, Joseph passou os nós dos dedos pelo queixo dela.
– Dez minutos.
– Dez minutos – repetiu ela, a voz trêmula. – Está bem. Dez minutos. Eu aguento.
Joseph riu.
– Tenho fé de que aguenta. Mas, sério, eu me ofereci para mantê-la ocupada na cabine e você se recusou. Você sabe que eu conseguiria durar um voo de quatro horas e mais um pouco.
Sorrindo, Demi abriu os olhos, as sobrancelhas arqueadas.
– Joseph Jonas...
– Demi Lovato... – troçou ele. – Eu estava apenas tentando acalmá-la com um ritual apropriado de iniciação ao sexo a bordo. A única coisa da qual você talvez tivesse que ter medo era que eu não conseguisse parar uma vez que a gente aterrissasse. O jato ficaria chocalhando na pista. – ele chegou para a frente e roçou o nariz no dela, as palavras saindo lentas e roucas: – Ah, como ficaria...
– Você é doente.
Ela riu, mordiscando o lábio dele.
– Doente de amor, meu anjo.
Quando o avião começou a descer, Demi voltou a apertar a mão dele, o corpo mais uma vez tenso. Ela se recostou e soltou o ar. A aterrissagem era a parte mais aterrorizante.
– Ai... meu... Deus.
– Que tesão – disse Joseph de brincadeira, mas não muito. – Eu já disse isso antes: você tem a capacidade de fazer a frase mais simples parecer sexy. Eu acabo de ter a visão mais doce de você, sentada num confessionário, falando com um padre.
– Joseph! – sussurrou ela, lutando contra o sorriso que se espalhava por seu rosto.
Joseph aproximou o corpo, mordendo o lábio inferior e fitando seus olhos castanhos, arregalados.
– Marias-chiquinhas. Minissaia. Pernas levemente abertas. Calcinha de renda preta. Humm, que filho da mãe sortudo. – Demi tentava respirar enquanto ele arrastava a mão por sua perna nua. Ela sentiu um arrepio. – Você está confessando todas as coisas sacaninhas que eu faço e que sempre deixam você com sabor de “quero mais”. – ele enfiou os dedos debaixo da saia dela, forçando-a, com todo o cuidado, a afastar as pernas. – O jeito que eu faço você gemer quando chupo esses peitinhos bonitos. O jeito que, um pouco antes de você gozar, eu faço você se segurar e começo tudo de novo enquanto enfio a língua nessa boceta deliciosa. Sua calcinha está encharcada. Sua respiração está pesada. Seu corpo está... fervendo por mim, como agora.
Puxando o lábio inferior dela com os dentes, Joseph fazia círculos com os dedos pela beirada de sua calcinha.
– Adivinhe só? – sussurrou ele, o olhar intenso.
Demi mal conseguia falar. Diabos, ela mal conseguia pensar.
– O quê? – sussurrou ela, bem concentrada no que a outra mão dele fazia, a que se libertara do seu toque mortal, pairando perto de seu seio.
– Já aterrissamos, docinho.
Ele deslizou a língua para dentro da boca de Demi e a beijou por um milissegundo. Levantou-se com o sorriso de megawatts brilhando de orelha a orelha.
Esparramada em seu assento, com a calcinha seriamente molhada, Demi o observou arrancar a bagagem de mão do compartimento superior, o rosto impassível.
– Você é mau. – Demi ficou de pé, os lábios franzidos em sinal de desapontamento. – Isso foi maldade pura.
Tomando-lhe a mão, Joseph riu.
– Eu sou mau?
Demi assentiu e pendurou a bolsa no ombro.
– É. – entrelaçou os dedos nos dele enquanto se dirigia à parte frontal do jato. – Não se faça de inocente, Jonas. Você é mau e sabe muito bem disso.
– Eu? Eu fui coroinha quando era criança. Você é que me faz ter pensamentos impuros, perversos, dignos de me mandarem para o inferno. Minha pobre mãe ficaria arrasada.
Demi riu e o seguiu. Deixaram o jato e saíram para o ar puro e ensolarado de San Diego. Demi respirou fundo, curtindo o calor.
Joseph inclinou a cabeça para trás com um sorriso maroto.
– Srta. Lovato, pelo visto eu sou a vítima aqui. Você, sua megerinha, deveria usar chifres cravejados de diamante.
Demi bufou.
– E eu aposto que você acharia isso sexy.
– De uma forma inexplicável – respondeu Joseph, entregando as malas dos dois para o chofer. Puxou Demi para seus braços, o sorriso largo. – Eu não ligaria se esse fosse o meu presente de Natal amanhã: você pelada com um laçarote vermelho e chifres de diamante.
Demi ergueu uma das sobrancelhas.
– Você esqueceu dos saltos agulha vermelhos de 15 centímetros – disse, a voz rouca – E do meu cabelo preso no alto, deixando os ombros nus, e da garrafa de champanhe. Meu umbigo podia servir de taça para você.
Os olhos de Joseph se iluminaram com um desejo instantâneo e primitivo.
– Entre nessa limusine.
Ele abriu a porta.
– Isso é uma ameaça? – perguntou Demi, como quem não quer nada, tentando provocá-lo. Deslizou pelo couro frio do banco e olhou Joseph entrar atrás dela. – Porque, se é, eu achei meio... fraquinha.
Sem hesitar um só momento, Joseph arrastou o corpo dela por cima do seu, colocando-a montada sobre si, e apertou o botão que fazia subir o painel que lhes daria alguma privacidade, isolando-os dos olhos do motorista. O corpo de Demi se aqueceu de prazer enquanto Joseph passava as mãos por seus cabelos. Deu-lhe um beijo de língua com voracidade. Meu Deus, que delicioso o sabor dele. Uma mistura do bourbon que tinha bebido durante o voo e chiclete de menta. Aquilo a deixava zonza. Ele a deixava zonza. Seu cheiro, toque e sabor provocavam sensações que ela nunca havia experimentado. Não conseguiu controlar um gemido. Ele percorreu seu pescoço com a mão, descendo pela curva arqueada de sua coluna e parando em sua cintura. O beijo se tornou desesperado. O coração dela se acelerou como nunca.
– Joseph – suspirou Demi. – A casa da minha irmã fica a menos de cinco minutos.
Ainda beijando-a, ele enfiou a mão embaixo de sua blusa.
– Eu mando o motorista ficar rodando até a gente terminar – replicou ele, a voz estrangulada de desejo intenso.
Demi afastou o rosto com uma careta de desaprovação. Ela consultou o relógio.
– Não dá. Já são quatro horas. O jantar é às quatro e quinze. Minha irmã é obsessiva e vai entrar em pânico se a gente se atrasar.
Suspirando, Joseph esfregou as duas mãos no rosto. Olhando fixamente para Demi, balançou a cabeça.
– Você sabe que eu vou inalar cada centímetro do seu corpo depois que todo mundo for dormir, não sabe?
Demi sorriu.
– Eu espero mesmo que sim.
– Pois pretendo fazer exatamente isso. – descansando as mãos sobre os quadris dela, perscrutou seu rosto. – Está bem. Vamos brincar do jogo das vinte perguntas.
Demi pareceu confusa.
– Ah, está bem.
– Demi, o meu pau está tão duro neste instante que não deve descer tão cedo. Também tenho certeza de que não vai pegar muito bem ficar visível na frente da sua irmã e do seu cunhado. Preciso de alguma coisa para desviar minha atenção do que estava planejando fazer com você no caminho. Entende aonde quero chegar?
Cobrindo a boca, Demi abafou uma risada.
– Entendo. Está bem. Vinte perguntas. Você começa.
Joseph se remexeu por baixo de Demi, tentando ignorar a necessidade que sentia de lhe arrancar as roupas.
– Meu motorista quer saber aonde a gente está indo, mas eu me esqueci do nome da cidade.
– La Jolla.
– Balneário? – perguntou Joseph, passando uma das mãos pelos cabelos.
Demi assentiu, notando claramente que ele ainda sofria.
– Bem na praia – respondeu ela às pressas.
Joseph pigarreou.
– Ótimo. O que o seu cunhado faz da vida?
– É engenheiro de computação.
– Ah, um geek. Bacana.
– Isso mesmo. Um geek de carteirinha.
– E a sua irmã?
– Também é engenheira de computação.
Joseph arqueou uma das sobrancelhas.
– Dois geeks. O sexo deve ser bem sem graça.
Demi enrugou a testa.
– O que isso tem a ver? Eu sou professora. Isso é meio nerd.
– Hum, não, é sexy. Lembra-se daquela música “Hot for Teacher”? Até o David Lee Roth sentia tesão pela professorinha.
Demi soltou uma gargalhada. Sabendo que não devia, ainda assim lhe deu um beijo suave.
– Estou começando a pensar seriamente que você precisa de terapia.
Segurando-a pela cintura, Joseph fitou a boca de Demi.
– Vou precisar de um banho frio se você fizer isso outra vez. Ou, então, eu podia mandar o chofer dar voltas enquanto você me dá o meu presente de Natal adiantado agora. Não diga que eu não avisei.
– Combinado. – Demi sorriu. – Obrigada – sussurrou.
Ele ficou confuso.
– Pelo quê?
– Por ter vindo passar o Natal comigo aqui. Apesar de a comemoração com ela ser mais cedo, sei que é difícil para você ficar longe da sua família neste período. Especialmente dos seus sobrinhos.
Demi estava certa. Aquela era a primeira vez que Joseph não passaria o Natal cercado pela família, mas era o primeiro Natal dela sem a mãe. Sabia que Demi deveria ficar ao lado da irmã. Acariciou o braço dela. Esperava que passar o Natal junto diminuísse um pouco da dor que, ele sabia, ambos sentiriam.
– Não me agradeça. A única coisa que eu quero é amar e cuidar de você, Demi. Sei que você precisa da sua família neste momento. Nunca deixaria que algo a impedisse de estar aqui com a Lisa.
As palavras de Joseph aqueceram o coração de Demi, ancorando-se fundo na sua alma, um local ao qual ninguém mais ganharia acesso. Ninguém. Fitando a perfeição, tanto interna quando externa, Demi o beijou, não querendo nada além de pôr cada partícula do seu amor naquele beijo. Demi se sentiu viva, completa como nunca tinha se sentido até então. Ao mesmo tempo, a tristeza tomou conta dela. Quase perdera aquele homem. O destino tinha uma forma esquisita de nos trazer de volta aos caminhos que deveríamos ter percorrido antes. Isso era algo em que Demi sempre acreditara e que sabia ter acontecido com ela e com Joseph. Agora, não havia nada que ela não faria para se certificar
de que os seus caminhos nunca mais voltassem a se separar.
– Gostei desse beijo – sussurrou Joseph quando Demi se afastou. – Mas você sabe o que esse beijo provocou, certo?
Demi riu.
– Sei. Estou sentada em cima de você, então consigo sentir o que ele provocou.
– Muito bem. Contanto que você se lembre de que eu vou inalar você mais tarde, tudo bem. – Joseph se remexeu no assento, tentando encontrar uma posição confortável enquanto o corpo reclamava. – E eu não quero nem saber se a sua irmã e o Michael puderem nos ouvir.
Sorrindo, ela balançou a cabeça e contemplou a paisagem. As praias arenosas e a costa rochosa começavam a entrar em seu campo de visão à medida que a limusine adentrava o bairro montanhoso à beira-mar da irmã. La Jolla era um oásis, um refúgio glorioso da doce insanidade de Nova York. O sol começava a se pôr e tudo cintilava com vibrantes luzinhas de Natal das casas. Demi deixou escapar um suspiro: amava aquela época do ano.
Conforme Demi suspeitara, Dallas já os esperava ansiosa e sorridente quando pararam diante da casa. Ela estava tão animada quanto a irmã e soltou um gritinho de felicidade. Demi riu e, após dar um beijo rápido no rosto de Joseph, saiu do seu colo, abriu a porta e correu em direção a Dallas. Deu um abraço apertado nela, sentindo-se confortada por sua presença. Embora fizesse pouco menos de um mês desde que a vira pela última vez, parecia uma eternidade, considerando tudo o que havia acontecido.
– Oh, uma limusine – disse Dallas, alongando bem cada sílaba enquanto fitava Joseph, que deixava o veículo. – Belo toque!
Demi olhou para Joseph e sorriu.
– É, ele sabe mesmo dar um toque todo especial. – afastando a atenção do homem que nem podia imaginar como estava melhorando o Natal dela, Demi pousou as mãos nos ombros de Dallas. – Eu estou morta de fome. O jantar já está pronto? E, por favor, me diga que você fez o assado da mamãe.
– Está pronto e eu fiz, sim. Mas, antes da gente entrar, eu tenho que lhe contar uma coisa.
Demi encarou a irmã, que assumiu uma súbita expressão de angústia.
– O que foi?
– O Phil está aqui – sussurrou Dallas.
– O quê? – perguntou Demi, exasperada. Mantendo a voz baixa, aproximou-se um pouco mais: – Dallas, por que você não me disse que ele iria estar aqui?
– Eu não sabia que ele vinha. Parou aqui a caminho da casa dos pais, em Laguna Beach. Ele ligou cinco minutos antes de aparecer.
Demi suspirou e balançou a cabeça.
– É, eu sei... muito sem noção. – Dallas franziu a testa. – Mas ele não vai dormir.
– Graças a Deus.
– Graças a Deus pelo quê? – perguntou Joseph, aproximando-se das duas, trazendo a bagagem dele e a de Demi.
Mordendo o lábio, Demi ficou sem saber se devia ou não lhe falar sobre Phil. Não que pudesse esconder a presença dele, a verdadeira pergunta era se devia ou não contar quem ele era exatamente. Demi pigarreou e decidiu se jogar de cabeça.
– É... é que alguém com quem eu costumava sair está aqui.
– Ah – fez Joseph. Olhando para uma e outra, ele abriu um sorriso cretino. – Devemos esperar que o Alex também venha jantar?
Demi ficou de boca aberta e Dallas soltou uma gargalhada sonora.
– Não, Joseph. – Dallas o puxou para um abraço. – É bom ver você outra vez. E de modo algum o Alex vai comparecer esta noite.
– Também é bom ver você. E é maravilhoso ouvir que não vou ter que comer com... desculpe a minha boca suja... o maior filho da puta que eu, infelizmente, já tive a desonra de conhecer. – Dallas assentiu em concordância enquanto Joseph passava a mão ao redor da cintura de Demi. Chegando mais perto dela, sussurrou: – Foi muito sério o namoro com o cavalheiro sem nome que se encontra na casa da sua irmã? Você dormiu com ele?
Demi arregalou os olhos.
– Não, Homem das Cavernas, eu não dormi com ele. Ele ficou meio... obcecado querendo me namorar.
– Obcecado?
– O Phil é um cara bacana, Joseph – interveio Dallas. – Um cara meio estranho, mas decente. Fiz faculdade com ele e nos tornamos melhores amigos. Ele saiu com a minha irmã algumas vezes. Foi só isso. Mas digamos apenas que, quando o interesse da minha irmã acabou, ele não desistiu tão fácil. 
Joseph deu um daqueles sorrisos maravilhosos e sexy, conhecidos por fazer as mulheres se apressarem a tirar a roupa. Os olhos verdes se iluminaram de puro humor.
– Ora, e quem sou eu para culpá-lo? Sua irmã faz qualquer criatura de sangue quente querer brigar por ela. Contanto que ele não tenha desenvolvido nenhuma tendência a stalker, já que eu sou o único homem das cavernas que pode fazer isso com a Demi, vejo uma noite muito agradável diante de nós.
Mais uma vez, Dallas riu e Demi suspirou.
Joseph deu uma piscadela para Demi, os lábios roçando a sua orelha enquanto seguiam Dallas até a casa.
– Você sabe que eu vou me divertir às custas do sujeito se ele fizer o que não deve, não sabe?
– Você? – indagou Demi, brincalhona, enquanto entravam no hall. Fechou a porta e tomou o rosto de Joseph entre as mãos. – Você não é só conhecido por suas tendências a stalker. Eu hoje o reconheço como um dos maiores espertinhos que já tive o prazer de amar. Só não pega muito pesado com ele, está bem?
Depois de largar a bagagem dos dois, Joseph a beijou.
– Vou tentar. Mas não prometo nada.
Ela revirou os olhos e deu o braço para ele, conduzindo-o até a cozinha, onde se encontrava Phil, encostado na bancada. O cunhado de Demi estava ajudando Dallas a pôr a mesa na sala de jantar. Quando Phil viu Demi, seu rosto se iluminou, o sorriso mais do que demonstrando que estava feliz em revê-la. Demi olhou de relance para Joseph, que abriu um sorriso, mais do que demonstrando que, definitivamente, iria se divertir.
Phil começou a andar até ela.
– Olha você aqui, menina. Eu não tinha a menor ideia de que viria até a Dallas me contar.
Antes que ele a alcançasse, Joseph sussurrou no ouvido de Demi:
– Menina? Você por acaso tem 12 anos? Já estou com vontade de dar um tapa na nuca desse cara. Me diga, por favor, que eu tenho a sua permissão. Vou ser rápido. Juro por Deus que vou.
– Ele é nove anos mais velho que eu – sussurrou, dando uma cotovelada nas costelas dele. O sorriso de Demi se escancarou quando ela ouviu Joseph soltar um audível “uff”. Olhando para ele, piscou. – Seja bonzinho.
Esfregando a costela, Joseph fingiu sentir uma dor intensa por um segundo.
– Como quiser... menina.
– Oi, Phil – cumprimentou Demi quando ele se aproximou. – Pois é, foi meio que uma viagem de última hora.
– A mulher que escapou de mim. Já faz muito tempo. Você está simplesmente linda. Na verdade, está estonteante. – olhou para Joseph. – E quem é esse aqui?
– Este aqui é o namorado dessa mulher estonteante. – Joseph estendeu a mão. Phil deu um aperto fraco. É, esse vai ser fácil demais de sacanear. 
– Joseph. É um prazer conhecê-lo, Phil. Demi já me falou um bocado a seu respeito. É sempre bom dar um rosto para os homens dos quais ela conseguiu fugir.
Dando um passo atrás, Phil esfregou o queixo, analisando Joseph cuidadosamente.
– Que esquisito, ela não mencionou o seu nome na última vez que falei com ela.
– Isso já tem mais de um ano e meio – retrucou Demi na mesma hora, fitando Joseph, que encarava Phil com os olhos semicerrados. – Eu não estava namorando ninguém na época.
– Certo. Certo – concordou Phil, os olhos cravados nos de Joseph. – Isso faz sentido, eu acho.
Joseph estava longe de ser idiota. Deu para perceber que o cara o alfinetava.
Era chegada a hora de entortar o alfinete.
– Você parece um homem inteligente, Phil – disse Joseph calmamente, enlaçando Demi. – Consigo identificar um a quilômetros de distância.
– É um dom?
Joseph arqueou uma das sobrancelhas.
– Um dos muitos. Pergunte só à Demi. Ela parece feliz com os meus... talentos. Com certeza vou impedir que ela escape de mim.
Ai, meu Deus. Se Demi tivesse uma faca, conseguiria cortar a tensão palpável de macho alfa.
– Ei, ei, ei! – exclamou Michael, aproximando-se do grupo. Sua voz jovial era música para os ouvidos de Demi.
Enquanto a tensão se esvaziava como um balão, Demi abraçou o cunhado na esperança de que ele desse algum equilíbrio à situação um tanto acalorada.
Ela deu um suspiro profundo.
– Ei, irmãozão.
– Ei, irmãzinha. – Michael riu, soltando Demi de seu abraço de urso. – Você está bonita, hein?
– Você também quebra um galho.
Michael bateu na barriga.
– Gostou da almofadinha extra?
Demi deu uma risadinha.
– Adorei.
Com um sorriso orgulhoso, Michael se virou para Joseph.
– Ei, amigão. Bom ver você de novo.
Os dois trocaram um aperto de mão.
– Você também, cara. Como vão as coisas?
– Ah, você sabe. O mesmo de sempre. Mas tenha cuidado com essa daí. – apontou com o queixo na direção de Demi. – Se ela aprender a cozinhar algum dia e você ficar com ela tempo o bastante, é possível que o transforme num gordo preguiçoso como a irmã fez comigo.
Joseph riu.
– Eu aceito o que ela me der. Até mesmo artérias entupidas.
– Muito bem. – Michael deu um tapinha no ombro de Joseph. – Vamos dar início às festividades. Quem está pronto para encarar uma comida espetacular?
Sentindo o estômago roncar, Demi agarrou a mão de Joeph e o arrastou para a sala de jantar.
– Eu estou. – ela pegou um cesto de pãezinhos da bancada e olhou para trás, para Joseph. – Você está pronto para comer, não está?
– Depende do que eu vou comer – sussurrou ele em seu ouvido, o tom sedutor. Passando a mão por sua cintura, pressionou o corpo contra a bunda dela.
– A não ser que a minha suposição sobre você não se livrar de mim esteja errada, gostaria de curtir a minha sobremesa em alguma parte do seu corpo esta noite.
Respirando fundo e com arrepios tomando conta de cada centímetro do seu ser, Demi se deteve e observou Michael e Phil passarem à sala. Os olhos de Phil permaneceram grudados nos dela até ele sumir de vista ao fazer a curva.
Demi se virou de súbito, fitando o mais sexy olhar de um homem.
– Joseph Jonas, escute o que vou dizer.
Os olhos dela desceram até os lábios deliciosos que formavam um sorriso maroto. Ela mordeu o próprio lábio tentando causar uma dor que talvez a distraísse. Não deu certo. Joseph chegou mais perto e o cheiro da colônia dele acabou com seus planos por completo. Como ela o desejava... Seu coração subiu até a garganta quando Joseph enfiava o nariz em seus cabelos. Demi tentou respirar.
– Você não está me escutando.
– Sou todo ouvidos, docinho – disse ele, a voz grave. – Fale comigo.
– Você está tornando as coisas difíceis – sussurrou ela.
E estava mesmo, porque agora massageava a nuca de Demi, seus olhos perfurando os dela.
– Eu estou fazendo com que seja difícil você falar?
– Está, seu filho da mãe. Está, sim.
Joseph riu.
– Meu Deus, como eu adoro quando você fica safada. Não tem a menor ideia de quanto me deixa com tesão.
Demi olhou para a sala. Todos já estavam sentados à espera deles. Virou-se para ele, a voz acalorada:
– Joseph, quer que eu implore para você parar?
Joseph pestanejou.
– Quer que eu transe com você aqui mesmo, na cozinha?
Balançando a cabeça e prestes a deixar que ele fizesse exatamente aquilo, Demi riu e tomou-lhe a mão, puxando-o adiante. A fuga rumo à sala de jantar foi breve mas cômica, pois Joseph soltou um suspiro de desalento. Demi sentiu-se mal, porém, considerando que ele dominava qualquer aposento pelo simples fato de estar dentro, era bom saber que tinha poder sobre ele.
– Então, como ela se portou durante o voo, Joseph? – perguntou Michael. – Você teve que dopá-la?
Demi revirou os olhos enquanto Joseph puxava a cadeira para ela se sentar.
– Não, ele não precisou.
Refestelado na cadeira ao lado, Joseph deslizou a mão por debaixo da mesa e a pousou sobre a coxa de Demi. Fazendo pequenos círculos na saia de seda que ela usava, sorriu quando a sentiu remexer-se.
– Consegui acalmar os ânimos dela. Foi mais fácil do que pensei.
– Que bom – comentou Michael, despejando um monte de vagens no próprio prato.
– Imagino que o fato de estarem num jato particular tenha ajudado um pouco – observou Dallas, pegando uma tigela de purê de batatas. Depois de tirar uma colherada, entregou-a para Demi. – Esses 747 me metem um medo do cacete.
– Jato particular? – Phil os encarou, chocado, do outro lado da mesa. – Ganhou na loteria?
Joseph se virou para Demi com um sorriso preguiçoso. Ela inclinou o corpo para a frente e beijou-o na bochecha.
– De mais de uma maneira – sussurrou ela, e Joseph apertou sua coxa.
Demi colocou um bocado de purê no prato. Apenas com o olhar, perguntou-lhe se iria querer. Joseph assentiu e ela pôs uma porção generosa em seu prato.
– Phil, o jato é do Joseph – explicou Demi. – E, Dallas, você tem razão. É melhor do que voar num 747. Mas, de qualquer forma, você continua no ar, um lugar que não é próprio do ser humano. Detesto isso.
Joseph e Michael riram.
– Merda – reclamou Dallas, ficando de pé. – O que vocês dois querem beber? – indagou ela, olhando para Demi e Joseph.
– Vinho tinto – respondeu Demi.
– Obrigado – agradeceu Joseph. – Aceito uma cerveja se você tiver.
Dallas meneou a cabeça e foi para a cozinha. Recostando-se na cadeira, Phil cruzou os braços.
– Um homem que tem um jato bebe uma simples cerveja? Achava que alguém que pode pagar por um luxo desses preferisse algo mais refinado. As aparências enganam.
Os olhos de Demi foram de Joseph que tensionava o maxilar para Michael, que detivera o garfo a meio caminho da boca. Ela engoliu em seco, pousando a mão sobre a de Joseph, na própria coxa.
Joseph também se recostou e cruzou os braços, divertindo-se com a frase do babaca.
– Não sabia que existiam regras referentes ao que uma pessoa deve beber, seja ela rica, pobre ou qualquer coisa, Phil. No entanto, seria interessante saber como você formou uma opinião dessas.
Dallas surgiu da cozinha e entregou as bebidas. Joseph abriu a garrafa e deu um beijo exuberante em Demi enquanto colocava a tampinha em sua mão.
Deixando-a sem fôlego, voltou as atenções para Phil e continuou:
– Qual é a sua fonte de informação? Reader’s Digest? Newsday? Quem sabe alguma revista feminina? – antes que Phil respondesse à enxurrada de perguntas, Joseph inclinou o corpo mais uma vez em direção a Demi e sussurrou: – Venho devendo a você uma tampinha de todas as últimas vezes que eu bebi. Esqueci de lhe dar uma. Desculpe.
Demi olhou fundo nos olhos dele.
– Eu te amo. E amo as suas tampinhas mais do que você possa imaginar.
Joseph levantou uma das sobrancelhas.
– É? Mesmo eu tendo dinheiro pra caralho, você gosta é das minhas tampinhas? Será que elas deveriam ser mais... refinadas?
– Não, são perfeitas.
– Tem certeza? – sussurrou ele, perscrutando o rosto dela. – Porque o Phil e a calvície dele talvez discordem.
– O Phil é um babaca e você é perfeito – sussurrou ela, enlaçando-lhe o pescoço e puxando-o para mais um beijo.
Dando pouca importância ao fato de que todos à mesa os observavam, Demi aproveitou os lábios dele por mais alguns segundos antes de se afastar.
Joseph articulou a palavra respire e, mais uma vez, fuzilou Phil.
– Desculpe, é que, quando se trata de Demi, tenho dificuldade em me controlar. Estou certo de que você entende. Ah, espere aí, você não poderia entender: ela é a tal que escapou de você. – Joseph lhe deu uma piscadela e ergueu o garfo. – Mas, voltando à minha pergunta: qual seria a sua fonte de informação para essa suposição bizarra?
Phil se remexeu na cadeira e pigarreou.
– Não tenho nenhuma. Acho que foi só uma suposição.
Dallas arregalou os olhos, claramente confusa com a conversa. Sorrindo para a irmã, Demi balançou a cabeça, tentando controlar uma crise de riso.
– Foi o que imaginei – disse Joseph, tomando um gole de sua nada refinada garrafa de Budweiser. – E então, como você ganha a vida, Phil?
Phil ajeitou a gravata, visivelmente desconfortável.
– Sou dono de uma incorporadora imobiliária.
Sentado à direita de Demi, à cabeceira da mesa, Michael falou em voz baixa:
– O Phil é um imbecil. Sempre foi e sempre vai ser. Mas eu o engulo porque amo a sua irmã. – Demi assentiu, admirando-o por sempre colocar os sentimentos de Dallas em primeiro lugar. – O Joseph é fodão. Gosto dele. 
Com um pequeno sorriso, Demi olhou de relance para Joseph, que parecia prestar atenção nos detalhes do início da empresa de Phil, embora ela soubesse que a conversa o estava deixando de saco cheio. Olhou de volta para Michael.
– É, ele é, sim. Obrigada, fico feliz por você aprovar.
– E como não iria aprovar? – Michael deu um pequeno cutucão no braço dela. – Dallas me contou que Joseph deu uns tabefes no Alex pelo que ele fez com você. Além disso, você está resplandecente e eu respeito o cara por fazê-la feliz. Desejo toda a sorte a vocês dois.
– Obrigada, Michael. – Demi sapecou um beijo na sua bochecha. – Fico feliz.
– Sem problema.
Enquanto comiam, quer fosse porque Joseph lhe dera um fora ou, simplesmente, por ter desistido, Phil não agiu como um imbecil e Demi adorou.  A tensão havia desaparecido, dando lugar ao riso. Animados pela música natalina e empanturrados com uma boa comida caseira, todos conversavam tranquilamente. Depois de limparem a mesa e de enfim se despedirem de Phil, Demi ajudou Dallas a arrumar a cozinha enquanto Joseph e Michael discutiam quem ganharia a partida de basquete do dia seguinte. Fiel às raízes nova-iorquinas, Joseph provocava Michael, dizendo que os Knicks iam esfregar o chão com os Lakers. Desnecessário dizer que os dois concordaram em discordar.
Quando o sono começou a bater, Demi decidiu tomar um banho antes de se deitar. Deixou os dois homens e riu sozinha ao ouvir Joseph mencionar algo sobre os seus amados Yankees terem batido os Birds dela. Arrastou a bagagem até o quarto de hóspedes, fechou a porta e balançou a cabeça, certa de que ele nunca a deixaria esquecer aquilo. Levando a mala até a cama, perguntou-se quantas vezes ele a sacanearia no decorrer da próxima temporada de beisebol. Estava certa de que seriam inúmeras. Só esperava que os seus Birds tivessem um retorno triunfal, amenizando a zoação.
Depois de curtir uma chuveirada longa e quente, secou os cabelos com a toalha e vestiu um short macio de algodão e uma camiseta sem manga. Ao deixar o banheiro, não só encontrou as roupas de Joseph atiradas na cama como também a porta da varanda escancarada. Uma brisa soprou pelo quarto, provocando um calafrio em Demi. Embora fosse o sul da Califórnia, as noites normalmente tinham temperaturas mais baixas. Envolveu-se com uma manta de chenile que pegou na cama queen-size e se dirigiu à varanda.
Sentado numa cadeira de tábuas, com os pés descalços sobre o parapeito de ferro, vestindo short e camiseta, Joseph bebericava uma cerveja enquanto observava as ondas quebrarem a distância. Mais um calafrio, que nada tinha a ver com o vento, percorreu o corpo de Demi quando Joseph se virou. Seus olhos lhe faziam um convite. Sua expressão irradiava desejo.
Estranho, ela já não sentia frio.
Joseph pousou o copo de cerveja, fazendo o vidro tilintar no concreto, e baixou as pernas do parapeito, abrindo-as. Seu sorriso era deliciosamente sexy. Demi subiu em seu colo. Descansou as costas em seu peito musculoso e os cobriu com a manta, imediatamente absorvendo o calor que emanava dele. Joseph afastou os cabelos dela do ombro e começou a sugar devagarinho a curva do seu pescoço, o hálito quente.
– Estava esperando você – sussurrou ele.
Seu tom rouco dizia a Demi o que ela já sabia: estava prestes a ser devorada. Deslizou as mãos por debaixo da camiseta dela, por sua barriga, e segurou seus seios.
– Você gosta de me deixar na expectativa, não gosta?
Só por seu tom de voz, já dava para imaginar um grande sorriso estampado no rosto. Demi sentia borboletas no estômago, o corpo estremecendo sob o toque dele.
– É o único controle que tenho sobre você – sussurrou ela, a voz trêmula. Dava para sentir muito bem a ereção crescente contra a sua bunda. Com os polegares, Joseph acariciava lentamente os seus seios.
– Quer que eu continue?
Com os mamilos duros como pérolas, Demi arqueou as costas de encontro ao peito dele. Mordeu os lábios enquanto ele mordiscava o seu ombro.
– A gente vai ficar aqui fora? – perguntou Demi, olhando para a praia lá embaixo, onde um grupo de adolescentes barulhentos e aparentemente bêbados fazia uma fogueira. – Talvez eles vejam a gente, Joseph.
– Está escuro demais aqui em cima. Não vão ver nada – sussurrou ele, a voz grave vibrando em sua pele.
Beliscando seus mamilos de leve, lambeu atrás de sua orelha e puxou a camiseta dela pela cabeça, jogando-a de lado. O ar fresco da noite dançou pelo peito nu de Demi. Ela tentou respirar, tentou pensar. As palavras fugiram de sua mente por completo.
– Agora, responda à minha pergunta – sussurrou ele, correndo a língua por seu pescoço. – Quer que eu continue a tocar você?
Ela queria. Queria desesperadamente. Mesmo a cada toque leve como uma pluma, sentia o seu âmago se contrair, latejar, implorando para ter qualquer parte dele dentro dela. Joseph beliscou os seus mamilos outra vez e Demi deixou escapar um gemido. O desejo venceu a batalha da vergonha de serem pegos em flagrante, despedaçando qualquer pensamento que impedisse aquilo de acontecer. De súbito hiper consciente do próprio corpo, ruborizou.
– Quero – sussurrou ela. – Quero que você continue a me tocar.
– Me diga onde você quer que eu a toque, Demi – comandou ele, a voz acariciando o nome dela.
– Na minha boceta – ela conseguiu balbuciar.
– Como? Não ouvi. Pode repetir? – perguntou ele com um rosnado grave, roçando-lhe as costelas.
Meu Deus. As pontas dos dedos dele queimando-lhe a pele e todo o seu interior.
– Na minha boceta – repetiu ela, tentando ocultar o tom de súplica da voz.
– Você quer que eu toque essa bocetinha gostosa? – ele enganchou os polegares no short dela, o tom áspero transbordando desejo carnal. – É o que você quer?
– É – gemeu ela, erguendo um pouco a bunda, enquanto ele tirava seu short e sua calcinha.
Com os dedos dos pés, Demi terminou de tirá-los e a manta saiu junto. Não havia mais como não implorar. Ela já havia passado desse ponto. Faria qualquer coisa que ele lhe pedisse.
– Meu Deus, Joseph, por favor. Toque lá, por favor.
Suas palavras tinham gosto de morango coberto com chocolate, doces e deliciosas. Com uma das mãos pousada na barriga dela e a outra forçando as pernas a se abrirem, Joseph não pôde deixar de sentir prazer com os gemidos de Demi antes mesmo de tocá-la. Caralho, ela o levava à loucura, o partia em pedaços. Queria que ela se abrisse toda para ele.
– Coloque os pés na beirada da cadeira.
Com os batimentos acelerados e já molhada, Demi obedeceu. Com todo cuidado, ele enfiou dois dedos e ela jogou a cabeça e os braços para atrás, arqueando-se. Ficou tensa, lutando contra o medo de ser descoberta. Gemendo baixinho, entrelaçou os dedos nos seus cabelos, intensificando a força à medida que se movimentava em sincronia com as investidas dele. Embalada pelo som da maré em meio ao ar fresco da noite, Demi se movia com cada vez mais força e menos inibição, a respiração de ambos se acelerando. Os músculos se apertaram, puxando-os ainda mais fundo. Percorrendo o ombro dela com os lábios, Joseph subiu a mão livre pela exuberante curva dos seios, parando-a ao redor do pescoço. Investiu ainda mais fundo naquele calor que era só dela. Demi prendeu o fôlego quando ele usou o polegar para contornar rapidamente o clitóris úmido, os gemidos baixos e a boca árida devorando a sua carne, deixando-a ainda mais excitada.
Puxando-a para trás pelo pescoço, com os dedos entrando e saindo lentamente, Joseph virou sua cabeça para um lado e lhe deu um beijo avassalador.
– Tire as mãos dos meus cabelos e aperte esses peitinhos lindos para mim – ordenou ele, lambendo a sua boca.
Aquela voz tão carnal, tão cheia de tesão fez o corpo dela estremecer. Com as palavras de Joseph rodopiando em sua mente, Demi desemaranhou os dedos e, mais uma vez, lhe obedeceu. Apalpou os seios por um segundo antes de puxar os mamilos. A tensão aumentou, crescendo ferozmente no meio de suas pernas. Cavalgou cada onda de desejo que ele provocava dentro dela. Os espasmos avançaram pelo corpo, levando-a às alturas. Embora estivesse muito, muito perto de gozar, precisava dele dentro dela. Naquele instante. Não ia conseguir esperar. Como se pressentindo o que Demi queria, Joseph tirou os dedos de dentro dela, deixando um rastro quente e molhado. Já iria protestar, mas ele a ergueu, posicionando uma das mãos debaixo da sua bunda enquanto a outra puxava o próprio short e a cueca só o suficiente. Em pouco tempo, ele a sentara sobre o pau. Demisorveu o ar com dificuldade ao sentir a cabeça abrir sua carne inchada, a prazerosa queimação quase a levando ao orgasmo. Ela arregalou os olhos. Apesar de ainda estar chocada com o local onde estavam, os rosnados e a respiração pesada dele faziam o risco de serem pegos valer a pena. Acalorado e duro, ele era o verdadeiro macho alfa: primal, feroz e guloso. Ele a preencheu, reclamou-a para si, rompeu-a e a fez sua. Ele a fez percorrer o caminho todo da mulher que havia sido um dia à mulher na qual estava se transformando. A mulher que devia ser ao seu lado.
– Caralho – disse Joseph, tenso.
Enterrando os dedos nos quadris dela, a pressão e a necessidade que haviam acumulado durante o dia quase explodiu quando Demi desceu o corpo com força em direção ao pau sensível. Os músculos saltaram e repuxaram. Ele levou à boca de Demi os dedos que enterrara dentro dela.
– Sinta o seu gosto em mim. Quero que você lamba a sua doçura dos meus dedos.
E foi o que ela fez. Chupou cada um deles com uma intensidade que nunca havia mostrado a ele. De tão hipnotizado, Joseph ficou até meio zonzo quando Demi segurou-lhe o pulso, lambendo seus dedos.
– Minha boceta é gostosa, Joseph? – a perguntar explodiu dos lábios de Demi quando ela deu impulso à frente para colocar as mãos sobre os joelhos dele e se equilibrar. Subia e descia, a uma velocidade crescente. – Me diga.
Puta merda. Joseph jurava que estava prestes a perder o controle ali mesmo. Segurando os cabelos de Demi com uma das mãos, agarrou a cintura dela com a outra, conduzindo seu corpo em golpes violentos.
– Você parece o paraíso em volta de mim. A porra do paraíso.
E parecia mesmo. Um veludo macio em volta do aço duro. O calor escorregadio dela, tão apertadinho, estava fazendo o saco de Joseph subir em direção à barriga. Despejaria cada centímetro dele dentro dela. Mas iria esperar. Sempre querendo fazê-la gozar primeiro, tirou a mão dos cabelos dela e esfregou o clitóris com força e rapidez. Porra. Demi arfou e os músculos se enrijeceram, contraindo e apertando seu membro com tanta ferocidade que Joseph não sabia se ia conseguir se segurar. Ela salvou os dois ao arquear as costas de encontro ao peito dele com movimentos sensuais. No entanto, aquilo foi ainda mais devastador para os sentidos já aguçados de Joseph, porque, agora, podia senti-la por inteiro, cada balançar dos quadris, rebolando sobre seu pau.
– Cacete – gemeu ele, passando a mão da cintura dela para o seio, apertando-o. Com a outra, ele mantinha uma pressão constante sobre o seu clitóris, massageando e provocando a florescência intumescida. – É isso mesmo, gata. Me foda devagarinho. Bem devagarinho. Deixe eu sentir cada bocadinho de você.
Morta de tesão,  Demi respirou fundo, completamente tomada pelas sensações.
– Por favor, não pare – sussurrou ela, erguendo os braços e enroscando os dedos nos cabelos dele.
A boca se fechava em seu ombro, uma das mãos brincava com seu peito, a outra passeava por seu clitóris: Demi estava quase no limite. Umedecendo os lábios, implorou:
– Por favor, Joseph.
Implacável, impiedoso e ininterrupto, Joseph projetou os quadris para a frente, preenchendo Demi por completo. Já sem respirar, sem pensar ou se preocupar em quem poderia estar assistindo, sentiu um prazer doloroso percorrer seu corpo. Ele explodiu, desfraldando uma libertação tão intensa e perversa em sua potência que Demi achou que perderia a cabeça. Gritou o nome dele, a voz mais alta do que esperava, mas não conseguiu se controlar. Aquilo era a mais pura das bênçãos. Ele era a mais pura das bênçãos.
Espasmos rasgaram cada um de seus músculos enquanto Joseph deslizava a mão sobre a sua boca. Sentiu o orgasmo dele, o sêmen quente e sedoso se despejar dentro dela. O corpo de Joseph se enrijeceu, estremecendo violentamente, a respiração dele áspera e rápida nos ouvidos de Demi. Possuída por ondas de choque, com o corpo inerte, perdida numa neblina de paixão, ela foi respirando mais devagar. Virou a cabeça para o lado e os dois se beijaram profundamente enquanto Joseph apalpava seus seios. Exausto e saciado, ele pegou a manta e cobriu o corpo nu de Demi.
Afastando os cabelos longos e úmidos dos ombros dela, passou os lábios com suavidade por seu pescoço.
– Eu te amo, Demi, e preciso que você saiba que não existe nenhum outro lugar no mundo onde eu preferiria estar a aqui com você.
Demi o olhou nos olhos. Continham tanta paixão e devotamento que o seu coração dilatou. Com uma intensidade beirando a obsessão, beijou-o, agradecida por seus caminhos terem se cruzado mais uma vez. Ele lhe dava forças que ela jamais soubera possuir. Florescia quando ele estava por perto, confiava a própria vida às suas mãos. Joseph era o combustível para a chama que havia dentro dela, esperando ser acesa. Interrompendo o beijo aos poucos, Demi se virou e se enroscou no calor dos braços dele. Seu olhar passou do céu claro cheio de estrelas para as ondas escuras salpicadas de prata pelo luar. Demi deixou escapar um suspiro satisfeito, a alma acalentada por um amor que não encontraria com mais ninguém. Sabia que o dia seguinte seria difícil, mas, de alguma forma, também sabia que aquele seria um dos natais mais doces que teria. Enquanto Joseph a puxava mais para perto, pensava que isso era quase certo.

pessoal, desculpem por ter passado esse tempo todo sem postar aqui mas minha vida ficou corrida.
o que acharam do capítulo? esse Phil um babaca né, Joseph só se divertindo com a cara dele.
eles são tão lindos juntos <3
não sei quando vou postar, mais aguardem e por favor não desistem de mim hahaha  quero fazer uma agradecimento especial para mile que fez um selinho para mim no blog dela, muito obrigada lindona.
confiram o blog dela e não vou se arrepender, é bom demais.
gostaram? comentem o que acharam e até o próximo.
bjs lindonas <3