21/11/2016

breathe: capítulo 45


— Então, vocês estão juntos... Tipo, juntos mesmo? — perguntou Selena uma noite enquanto estávamos sentadas na gangorra do parquinho. Elizabeth corria com outra criança, e de vez em quando brincava no escorregador e no balanço.
Já fazia meses desde o incidente com Stephen, e, desde então, Joseph estava trabalhando na loja que havia ganhado do Sr. Henson, transformando-a em seu sonho.
— Não sei. Quer dizer, estamos bem, mas não sei o que isso significa. Nem sei se preciso saber. É bom tê-lo junto de mim.
Selena franziu o cenho.
— Não — disse ela, pulando da gangorra e fazendo com que eu me estatelasse no chão.
— Ai — gemi, passando a mão na bunda. — Você devia ter me avisado que iria sair da gangorra.
— Mas qual é a graça de avisar? — ela riu. — Agora, vamos.
— Vamos pra onde?
— Pra loja do Joseph. Essa coisa de “não sei o que está rolando entre nós, mas tudo bem” é um monte de merda e já está me irritando. Vamos exigir respostas dele agora. Vamos, Elizabeth!
Elizabeth correu.
— Vamos pra casa, mamãe?
— Não. Vamos ver o Puto — respondeu Selena.
— Você quer dizer o Pluto? — perguntou Elizabeth.
Selena gargalhou.
— Sim, foi isso que eu quis dizer.
Elas começaram a descer a rua, e corri para alcançá-las.
— Acho que poderíamos fazer isso outro dia. Ele está estressado com a loja, trabalhando com o pai e arrumando tudo para a inauguração na semana que vem. Acho melhor não incomodá-lo.
Elas não me deram bola e continuaram no mesmo ritmo. Quando chegamos, as luzes da loja estavam apagadas.
— Viu? Ele nem está aqui.
Selena revirou os olhos.
— Aposto que ele está dormindo num canto.
Ela virou a fechadura, que estava destrancada, e entrou.
— Selena  — protestei num sussurro. Elizabeth a seguiu, e eu me apressei em acompanhá-las, fechando a porta atrás de mim. — Não deveríamos estar aqui.
— Bom, talvez eu não — concordou ela, acendendo a luz, iluminando centenas de plumas brancas espalhadas pela loja. — Mas você, definitivamente, deveria estar aqui — ela foi até mim e beijou minha testa. — Você merece ser feliz, Demi — ela se virou e saiu da loja, deixando Elizabeth e eu de pé ali.
— Está vendo as plumas, mamãe? — perguntou Elizabeth, animada.
Comecei a andar pela sala, tocando as obras de arte de Joseph, que estavam cobertas de plumas brancas.
— Sim, filha. Estou vendo.
— Eu estou apaixonado por você — disse uma voz baixa e grave, forçando- me a virar. Joseph estava na porta, com um terno preto e o cabelo penteado para trás. Meu coração parecia que iria parar de bater, mas as batidas não importavam naquele momento.
— E eu estou apaixonada por você.
— Vocês ainda não tinham visto meus móveis, certo? — perguntou ele, andando pela sala, olhando cada peça em madeira que ele e seu pai haviam criado.
— Não. É maravilhoso. Você é maravilhoso. Essa loja vai ser um sucesso.
— Não sei — retrucou ele, sentando-se sobre uma cômoda. Havia algumas palavras gravadas nos puxadores e várias frases de livros infantis entalhadas nas gavetas. Era formidável. — Meu pai desistiu de ser meu sócio.
— O quê? — perguntei, confusa. — Por quê? Achei que era o sonho de vocês...
Ele deu de ombros.
— Ele disse que acabou de conseguir o filho de volta e não queria perdê-lo entrando numa sociedade com ele. Até entendo, mas não sei se consigo fazer tudo sozinho. Preciso encontrar um novo sócio.
— E você sabe se conseguiremos encontrar algum? — perguntei, sentando ao lado dele enquanto Elizabeth corria, pegando as plumas.
— Não sei. Tem que ser a pessoa certa. Alguém inteligente. Que entenda um pouco de design de interiores, porque eu só sei vender móveis, mas acho que a loja teria mais sucesso se conseguíssemos combinar as coisas, entende? — minhas bochechas ruborizaram. — Você conhece alguém que possa estar interessado? Preciso começar logo.
Abri um grande sorriso.
— Acho que conheço uma pessoa.
Ele passou o dedo nos meus lábios antes de levantar e ficar de frente para mim.
— Cometi muitos erros na vida e, provavelmente, ainda vou cometer outros. Eu estrago as coisas. Estraguei as coisas entre nós. Sei que talvez você nunca consiga me perdoar pelo que fiz, pela forma como fui embora, e não espero isso de você. Mas não vou desistir. Eu nunca vou parar de tentar consertar isso. Consertar nós dois. Eu te amo, Demi, e se você me der uma chance, vou passar o resto dos meus dias provando que sou seu. Com as partes boas, ruins e também as feias.
— Joseph — murmurei. Comecei a chorar, e ele me abraçou. — Senti tanto a sua falta — falei, encostando a cabeça em seu peito.
Ele abriu a gaveta do lado esquerdo da cômoda, e vi uma caixinha preta lá dentro. Ele a pegou e, quando abriu, vi um anel lindo, todo trabalhado em madeira, com um grande diamante no centro.
— Casa comigo.
— Eu... — olhei para Elizabeth. — Eu tenho uma filha. É um pacote completo, Joseph. Não quero obrigá-lo a entrar definitivamente na vida de Elizabeth, mas ela faz parte da minha.
Ele abriu a gaveta do meu lado direito, onde havia uma caixinha preta menor. Meu coração derreteu na hora. Ele a abriu, e vi uma aliança praticamente idêntica à minha, mas num tamanho menor.
— Eu amo a sua filha, Demi. Ela não é um pacote. Elizabeth é uma preciosidade. E quero cuidar dela pelo resto da minha vida vai ser uma honra. Porque eu te amo. Eu te amo. Amo seu coração, amo sua alma, amo você, Demi, e nunca vou deixar de amá-la. De amar você e sua linda filha.
Ele foi até Elizabeth, trouxe-a para junto de nós e sentou-a na cômoda ao meu lado.
— Elizabeth e Demi, vocês querem se casar comigo? — perguntou ele, segurando uma aliança em cada mão.
Eu estava sem palavras. Minha filhinha querida me deu uma cotovelada com um grande sorriso bobo nos lábios, o mesmo que eu provavelmente tinha nos meus.
— Mamãe, diz que sim — ordenou ela.
Fiz exatamente o que ela disse.
— Sim, Joseph. Com toda a certeza do mundo.
Ele sorriu.
— E você, Elizabeth? Quer casar comigo?
Ela ergueu as mãos e gritou o “sim” mais alto que eu já a tinha ouvido gritar. 
Ele colocou as alianças em nossos dedos e, um segundo depois, nossos melhores amigos e nossos familiares entraram na loja. Elizabeth correu atrás de Zeus, dizendo para o cachorro que, agora, eles eram parte da mesma família.
Todos festejaram, comemorando nosso futuro juntos, e eu senti que meu sonho tinha se tornado uma nova realidade.
Joseph me abraçou, e nossas bocas se tocaram como se tivessem se passado séculos desde último beijo. Ele permaneceu com os lábios nos meus, saboreando-os, e eu retribuí seu beijo, prometendo silenciosamente que o amaria dali em diante. Ele encostou a testa na minha e eu suspirei, olhando o anel no meu dedo.
— Isso significa que você quer me contratar?
Ele me pegou no colo e me beijou intensamente, enchendo-me de esperança, felicidade e amor.
— Quero.


Que capítulo lindo, ai gente morri de amores o Joseph pedindo a mão das duas.
eu amo essa casal 
é o último capítulo gente :( postarei o epílogo na quarta.
Gostaram? me contem aqui nos comentários.
bjs lindonas e até o último <3
respostas aqui

4 comentários:

  1. acho que tem um olho na minha lágrima.
    esse capítulo foi lindo, maravilhoso!
    o joe é um verdadeiro amor, elizabeth uma princesa <3
    ainda preciso atualizar os capítulos que perdi mas posta logo o epílogo, ok?
    bjs

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Foi lindo mesmo.
      Os três são uns amores <3
      Não se preocupe amor, aproveite.
      Vou postar hoje, um beijo <3

      Excluir
  2. Sem palavras... pena que esta acabando... apaixonada por essa história... posta...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Essa história foi a minha preferida de postar
      Vou postar hoje, um beijo amor <3

      Excluir