14/01/2018

begin again: capítulo 35


I have to protect her

Uma hora mais tarde, a sala de aula está vazia das crianças. As paredes pintadas de branco não mais ecoam a conversa animada, embora o chão salpicado de tinta seja prova de que elas estavam aqui. Dividimos a tarefa da limpeza, como de costume. Joseph pendura as pinturas estreladas no varal de secagem que amarramos no teto, doze folhas de papel, balançando na brisa suave. Parecemos ter caído de novo no velho ritmo de lavar, empilhar e fazer um ou outro comentário. É como se nós dois soubéssemos o que vamos falar
mais tarde. Por enquanto, podemos apenas não dizer nada.
Embora seja difícil não fazermos nem dizermos nada quando meu coração salta cada vez que Joseph passa roçando de leve por mim. A segunda vez que ele faz isso, eu me pergunto se é de propósito. Ele é muito bom em ser furtivo.
Quando penso em comentar, ele está do outro lado da sala, e estou abrindo e fechando a boca como um peixe demente.
Os sentimentos que tenho por Joseph são confusos. Uma mistura de nostalgia e desejo, talvez, mas também há algo mais. Um anseio de estar com ele, de saber o que ele pensa sobre cada assunto. Quero conhecê-lo de novo.
Quero que ele me conheça. A verdadeira eu. A que estou tentando suprimir desde a morte de Digby. A que eu pensei ter deixado para trás. Acontece que ela estava aqui o tempo todo, esperando que eu a reencontrasse.
E acho que gosto dela.
– Terminamos?
Joseph sorri para mim. Há uma mancha de tinta preta ao longo de sua mandíbula e, sem pensar, estico a mão para limpá-la. Como uma resposta reflexa, a mão dele circunda meu pulso, mantendo meus dedos apoiados em seu rosto.
Nenhum de nós respira.
– Você está com tinta aqui – digo, finalmente. – No rosto. Tinta preta. – estou falando coisas sem sentido? Nem sei mais.
Ele relaxa os dedos em volta do meu pulso e move a mão para cobrir a minha.
– Estou? – nem uma vez ele afasta os olhos de mim.
Minha palma pressiona com mais força a pele áspera. Sua barba está começando a aparecer na pele. Arranha, mas, de alguma forma, gosto da sensação. E enquanto fico aqui, meus pensamentos se dirigem de volta para aquela noite no apartamento dele, recordando a sensação do maxilar no meu pescoço, no meu peito, na minha bochecha. Queimava de uma forma muito sensual.
Relutante, puxo a mão e a deixo apoiada no quadril.
– Acho que é hora de voltar para o meu quarto glamoroso.
– Você está gostando de lá? – embora sua voz seja uniforme, seus olhos ainda estão dilatados. Gosto da maneira como eu o afeto.
– Foi um pouco estranho no começo, me acostumar a viver em apenas um cômodo. É bom ter um lugar que eu possa chamar de meu, apesar de tudo.
– O que você faz à noite? Divide a tarefa de cozinhar com os colegas de apartamento?
Eu rio, pensando nas embalagens para viagem espalhadas pela nossa pequena cozinha.
– Não, quase não os vejo, para ser sincera. Acho que eles preferem kebabs à nouvelle cuisine. 
– Você não fica assistindo televisão com eles?
– Não temos sala de estar. – foi estranho no começo, perceber que não havia espaço comum. Acho que o proprietário queria espremer cada centavo que podia de seu imóvel. O que costumava ser a sala de estar é agora um terceiro quarto – Só os vejo quando estou preparando uma xícara de chá. Não é tão ruim.
Ele enruga o nariz.
– O que o Simon acha? Ele não quer pagar por algo melhor para você?
– Não quero que ele pague. Não foi por escolha dele que me mudei. Não quero parecer que estou explorando.
Seria muito errado. Tudo o que Simon tem, ele possuía antes de nos casarmos. Se eu tentar pegar a metade, só estaria comprovando o que todo mundo disse, e não quero que Simon pense jamais que me casei com ele por nada além das razões certas. Mesmo no nosso ponto mais baixo, a última coisa que pensei foi levar dele o que ele tinha. O dinheiro é dele, não meu. Eu gostaria que continuasse assim.
Não que Simon concorde. Quando disse a ele para onde iria me mudar, ele praticamente teve um ataque. Mas não posso considerar a gentil oferta que ele me fez de um apartamento.
– Parece injusto que ele tenha tudo e você esteja vivendo em um quarto sujo. Você sabe que a oferta do meu quarto vazio continua em pé.
Ele é tão doce que tenho vontade de abraçá-lo. Seria tão fácil me mudar para o apartamento dele. Entrar em um relacionamento. Talvez nunca sair. Mas se for para Joseph e eu algum dia acabarmos juntos, não vai ser por falta de opção. Desta vez, quero que qualquer relacionamento esteja em pé de igualdade.
– Não tem problema. É apenas um lugar para eu ficar enquanto resolvo tudo. Eles não fazem muito barulho, não têm festas loucas. Só ficam na deles. 
Diane e Peter. Ainda demorei alguns dias para me lembrar de seus nomes. Essas são as pessoas com quem estou dividindo um banheiro.
– Bem, sempre que precisar escapar, você sabe onde estou. – ele não diz mais nada, apenas se aproxima e pega o paletó de um gancho no fundo da sala. – Quer uma carona para casa?
Tento não rir. Meu apartamento fica localizado no lado exatamente oposto ao dele, e Joseph sabe disso. Estou prestes a recusar quando uma ideia me vem à mente.
– Na verdade, você tem tempo o bastante para fazer um desvio? Queria verificar uma coisa.

***

O carro dele ainda fede como uma lagoa morna. Não parece ter sido limpo desde a última vez em que estive aqui, e me vejo chutando uma garrafa de Coca-Cola vazia, querendo saber se é a mesma que ficou no assoalho do carro por todo esse tempo. Ele entra pelo lado do motorista e estende as longas pernas para pisar na embreagem. Tento não ver os músculos de sua coxa repuxarem o jeans.
– Então, onde estamos indo?
– Você conhece o Whitegate Estate?
Ele se vira e me olha nos olhos.
– Só por reputação. – sua voz é baixa. – Por que você quer ir lá?
Respiro fundo e deixo a cabeça cair para trás no encosto de cabeça.
– Charlotte MacArthur mora lá com a mãe.
– Certo...
– Quero verificar se ela está bem. – olho-o de novo, e ele está esperando pacientemente que eu explique melhor. Por um momento, fico parada e tento descobrir as palavras certas – A mãe dela tem um namorado vai-e-volta e acho que ele pode já ter machucado Charlotte antes. Quero ir lá e ver se ele anda rondando.
– Ele foi embora?
Outra respiração profunda.
– Depois que mandou a Daisy para o hospital com ferimentos múltiplos. Agora me disseram que ele pode estar de volta.
– Por que não chamar alguém? A polícia ou o serviço social?
É uma boa pergunta, mas não uma que eu esteja particularmente satisfeita em responder.
– Porque fiz uma coisa idiota – admito. – Pedi a Cameron Gibbs para ficar de olho nela e me contar se Darren aparecesse.
– Darren é o namorado? – Joseph esclarece. Ele desiste de tentar ligar o carro e se vira para mim. – O que bate nelas?
– É. Sei que é idiota, mas não posso chamar o serviço social apenas para dizer que Darren anda rondando o condomínio. É apenas uma coisa que me disseram; eles ririam de mim. Se eu pudesse ver com meus próprios olhos, pelo menos eu teria algo para dizer.
– E se ele não estiver lá?
– Então posso ir para casa sabendo que Charlotte está a salvo.
Ele estende a mão e passa o dedo ao longo da minha bochecha. A intimidade do gesto é quase dolorosa. Sinto queimar a linha que ele traça no meu rosto.
– Certo, vamos. Mas se você sair do carro, vou com você.
Demora um tempo para chegarmos lá. A hora do rush impede nosso progresso a cada poucos quarteirões, e ficamos parados por longas filas, enquanto motos e entregadores passam por nós num tiro, costurando em meio aos veículos. Nenhum de nós diz muito: eu porque estou muito ocupada em me preocupar com Charlotte, e Joseph em se concentrar na rua.
Chega um momento em que ele se inclina para frente e liga o rádio, e o DJ da hora apresenta o programa com pedidos dos ouvintes. Começa a tocar The Fray, e nossos olhos se encontram. Essa canção estava nas paradas do ano em que Digby morreu. Conforme a bela melodia preenche o interior do carro, me pergunto se Joseph a ouviu tanto quanto eu.
– Odeio essa música. – ele desliga o rádio. “How to Save a Life” desaparece. – Tocava em tudo quanto era lugar naquele verão... eu não conseguia escapar.
E cada vez que eu ouvia, parecia que estava sendo julgada.
– Não era você que merecia julgamento. Você não fez nada de errado.
O silêncio é tão pesado que chega a doer. Posso sentir sua dor se dissolver na minha.
– A gente era praticamente criança, Joseph. Não foi culpa sua.
– Eu dei a ele a bala. De quem foi a culpa?
Paramos de novo em frente a alguns semáforos temporários. Alguém buzina.
– Você também me deu uma e ainda estou viva – digo com firmeza. – Foi uma daquelas coisas. A culpa não está nas suas costas.
– Também não está nas suas. Quando você vai perceber isso?
Fecho os olhos e consigo imaginar Digby fechando a mão em torno do comprimido quando Joseph lhe entrega. Nós três engolimos pílulas brancas minúsculas. Procurando êxtase e encontrando apenas a morte.
– Eu deveria ter dado ouvidos. Quando ele disse que estava passando mal.
Os dedos de Joseph tamborilam no volante em um ritmo silencioso.
– O coitado nunca teve chance. Ele foi diagnosticado com um defeito cardíaco congênito na autópsia. Você sabia disso?
Neguei com a cabeça, sentindo a náusea crescer no estômago do jeito que sempre faz quando penso nele. Naqueles dias.
– Eu li nos jornais. Saiu no inquérito.
Isso faria sentido. Parei de ler qualquer coisa depois dos dois primeiros dias. Ver a mídia impressa me difamando era mais do que eu poderia suportar.
– Ele ainda não teria morrido se não fosse pelo E.
– Verdade. Mas nenhum de nós sabia o que iria acontecer, nem ele. – Joseph inclina a cabeça para o lado, e olha para mim com uma expressão curiosa no rosto. – Você ainda pensa muito sobre isso?
– Penso – respondo. – Por um longo tempo, não consegui pensar em mais nada. Levei uma eternidade para me perdoar por não ir junto com ele naquela noite.
A voz de Joseph é fraca.
– Ele teria morrido de qualquer maneira. Você sabe disso, não sabe? Não foi culpa nossa.
– Mas ele não teria morrido sozinho. 
– Essa é a pior parte. Saber que ele estava sofrendo sem que ninguém cuidasse dele.
– Verdade. – os carros à nossa frente começam a andar e Joseph os segue, avançando pela pista com o Fiesta. – Mas é o que é. Você entende o que quero dizer? Em algum momento, você tem de aceitar que isso aconteceu e tentar seguir em frente. É o que venho tentando fazer.
– Eu sei. – ele está certo. Eu sei que está.
– É por isso que você trabalha na clínica? Para expiar a morte dele? Mostro um pequeno sorriso.
– No começo, eu acho. Agora trabalho lá porque amo as crianças. Elas são as vítimas nisso tudo, e os potenciais viciados do amanhã. Se eu puder fazer a diferença, tudo vale a pena.
– Você faz a diferença. Posso te garantir.
Quando paramos em Whitegate Estate meu coração acelera. As ruas estão vazias, exceto pelas pilhas de lixo cobrindo as calçadas e um carro queimado e abandonado, estacionado de qualquer jeito na beira da rua. Levo Joseph em direção ao parque, grata por seu carro ser dilapidado o suficiente para não chamar atenção.
Paramos perto do parquinho, onde um grupo de crianças está pendurando num gira-gira, com os cabelos jogando na brisa. Os balanços foram requisitados pelos adolescentes que os usam como bancos. Alguns fumam cigarros semiusados enquanto tentam parecer dolorosamente descolados.
Em alguns instantes, capto a visão de Charlotte agachada debaixo do escorregador, brincando de alguma coisa com uma menina, cabelos quase brancos, lindinha, aparentando ter mais ou menos a mesma idade.
– Você está bem? – Joseph pergunta. Não sei se é de preocupação genuína pelo meu bem-estar, ou apenas algo para cortar o silêncio. De qualquer maneira, respondo:
– Sim, só estou procurando Darren. Cameron disse que estava andando por aqui no outro dia.
– Só tem crianças aqui agora.
– É. – pergunto-me se Darren faz uma pausa quando os jovens chegam. Não consigo acreditar que ele faça, afinal os adolescentes são, provavelmente, seus melhores clientes. Ainda não consigo me livrar daquele gosto desagradável na boca. Se eu fosse vidente, diria que eu podia sentir. Mas há algo muito esquisito nisso tudo.
– Quer sair? Dar uma olhada?
Viro a cabeça e olho para as torres que cercam o espaço verde. Em pé como sentinelas, são idênticas em design, todas construídas com o mesmo concreto sem graça. Algo sobre elas me faz tremer.
– Podemos ir até aquele prédio? – aponto para o bloco onde Daisy vive, tentando não pensar sobre a última vez em que vim aqui. Parece que foi uma vida atrás – Quero ir lá ver a Daisy.
Até eu estou surpresa com minhas palavras. Elas saem antes de eu realmente ter uma chance de pensar, mas assim que saem, tenho certeza de que é a coisa certa. Subir e vê-la, talvez falar que Charlotte esqueceu de alguma coisa. Garantir que Darren não está de volta.
– Tem certeza? Ela não vai achar ruim se você aparecer na casa dela sem aviso prévio? – Joseph dá partida no carro mesmo assim.
– Não vou demorar. Só vou entrar e sair.
Quando subimos as escadas até o quarto andar, tenho uma sensação de déjà- vu. Meu coração dispara com uma mistura de esforço e ansiedade, e eu me vejo agarrando a mão de Joseph em busca de segurança. Quando ele para e observa um pedaço de grafite primorosamente desenhado na escada, posso recuperar um pouco o fôlego, admirar seu rosto.
– Você gosta de grafite? – pergunto.
– São os murais do nosso tempo. Realismo social em forma de arte. Acho fascinantes.
Entendo o que ele quer dizer.
– Você já fez algum?
Ele ri.
– Todo mundo já não fez?
Balanço a cabeça e solto um risinho.
– Eu não. Sou uma boa menina, lembra?
Sua voz é baixa. Grave.
– Lembro.
Saímos para a passarela familiar que leva ao apartamento de Daisy. Nada mudou nos meses desde que estive aqui. Ainda há vidro quebrado no chão. O apartamento 403 ainda tem janelas fechadas com tábuas. Há um movimento nas cortinas amareladas quando passo pelo 408, e suponho que um vizinho intrometido está espiando.
– Você se importa de esperar aqui? – pergunto a Joseph antes de virar a esquina para o corredor de Daisy. – Não quero aparecer sem avisar e ainda mais com um estranho. Não vai demorar muito, prometo.
Ele balança a cabeça, mas pega minha mão antes que eu possa sair.
– Se tiver alguma coisa errada, você grita, está bem? Vou entrar lá num tiro. – ele baixa a testa até encostá-la na minha. – Se cuida. É uma ordem. 
Concordo com a cabeça e mexo a dele junto com a minha.
– Você é um fofo. – porque, Deus, ele é. Muito fofo.
– Eu sei – ele sorri e me faz querer abraçá-lo. Enlaço os braços no pescoço dele e o puxo num abraço apertado. Um segundo depois, ele me puxa para mais perto e apoia as mãos nas minhas costas. Sinto as palmas mornas através da camiseta. É onde quero ficar. Segura nos braços dele, aquecida, aconchegada e muito, muito contente.
Mas não posso, não até ver por mim mesma que Darren Tebbit não fez uma reaparição repentina.
Assim que me separo dele, Joseph se afasta e se inclina contra uma parede. Caminho até a porta de Daisy e dou uma batidinha, mas tento não pensar na última vez que fiz isso.
Demora menos de um minuto para atender. Ela abre a porta com tudo, levando um cigarro aos lábios secos. Franzindo a testa quando percebe quem é.
– O que você está fazendo aqui?
– Eu só queria saber como você estava. Não tive chance de falar com você.
Daisy dá um passo ao lado e entro. Um alívio me envolve quando percebo que ela está aqui sozinha.
– Tenho telefone, sabia? – ela resmunga. – Eu estava preparando o jantar.
– Então não vou demorar muito. Está tudo bem? Charlotte está se adaptando bem?
– Ela está ótima. – os olhos de Daisy se estreitam. – Você não acabou de vê-la? Ela estava na aula, não estava?
Merda. Porra.
– Hum, estava, a gente não teve oportunidade de conversar.
O micro-ondas apita e nós duas o ignoramos.
– Por que você está aqui? De verdade.
Há momentos em que desejo que Daisy fosse estúpida e que eu não fosse tão burra. Ela sabe que não moro nem perto deste condomínio. Não existe motivo algum para eu estar aqui. Deve ser óbvio que vim ver como ela estava.
– Ouvi que Darren voltou.
Ela apaga o cigarro em um cinzeiro verde-pálido e depois vira o rosto para me encarar.
– Então você pensou em dar uma corridinha aqui e ser a Srta. vadia intrometida, não é? Ver como andam as pessoas pobres? Quer rir da nossa cara?
– Eu queria ter certeza de que ele não tem incomodado. Não depois de tudo pelo que você passou. – estou mentindo e ela sabe. Percebo pela forma como o lábio dela se curva para baixo. Ela cruza os braços firmemente sobre o peito.
– Bem, ele não está aqui, está?
– Estou vendo. – tento dizer isso em tom leve, mas acabo passando por tola. – Então está tudo bem?
Estou olhando para a porta, já desejando ir embora. Por que diabos resolvi vir aqui? Parecia tão simples: dar uma passada, dizer um “oi”, depois sair, sabendo que Darren não estava em lugar nenhum por perto de Daisy ou Charlotte. Agora tudo o que fiz foi colocar Daisy em perigo novamente, e sei que o tiro vai sair pela culatra de alguma forma.
– Vou chamar Charlotte para jantar, então você precisa ir embora. – Daisy pega o telefone.
É quando eu vejo. Pendurada casualmente no espaldar de uma cadeira. Uma jaqueta de couro preto, grande demais para ser de Daisy. Muito desleixada para pertencer a qualquer pessoa que não um homem. Vou em direção a ela, faço menção de tocá-la, mas recuo o braço num tranco. Minha coluna estrala com a súbita mudança de direção.
– Vai embora daqui. – a voz de Daisy é baixa. Um aviso. Ela solta meu ombro e dou um passo para trás.
– É de Darren?
– Não é da porra da sua conta. Agora saia daqui. – seu rosto está torcido de raiva. Ela dá um passo em minha direção e consigo sentir a ameaça.
– É da minha conta, sim. Ele voltou? Ele não deveria estar perto de Charlotte. Não depois do que fez da última vez. – minha respiração vem mais rápido, com uma descarga de adrenalina. – Não posso acreditar que você o deixou voltar.
– Ele não voltou, agora suma daqui e não volte. – ela me empurra e eu tropeço. Me agarro ao batente da porta para me apoiar – Não quero você perto da Charlotte, sua vadia intrometida. Fique longe de nós duas.
Ela está tão irritada que quase consigo sentir. A sala vibra com sua fúria. 
Seguro firme na maçaneta da porta e puxo com tudo. A porta se abre e bate na parede.
– É isso mesmo, dá no pé. E não volta! – Daisy grita atrás de mim. – Se eu ficar sabendo que você esteve perto dela, vou atrás de você.
Um grande estrondo me diz que ela fechou a porta, mas meu coração ainda está disparado quando chego a Joseph. Respirando rápido, corro diretamente para seus braços, precisando do conforto mais do que nunca. Minha mente está cheia de pensamentos sobre Darren e Charlotte, e o que devo fazer para tentar resolver essa confusão toda.
De alguma forma, saber que Joseph está aqui faz tudo parecer melhor. Quando andamos em direção à escada ele desliza a mão em cima da minha e aperta com força, sem nunca me soltar.
Só quando estamos no meio da escada sinto que posso respirar novamente.

e esse casal gente? que lindos, prometo que logo eles estarão juntos.
Demi certíssima de ver se a Charlotte está bem.
e a Demi mandou a Demi ficar longe da Charlotte e agora?
espero que tenham gostado amores.
me digam o que acharam nos comentários, volto logo.
respostas do capítulo anterior aqui.

2 comentários:

  1. o casal é maravilhoso. continua q to neuvosa p saber o q mais vai rolar. tadinha de Charlotte.

    ResponderExcluir
  2. Eles são maravilhosos <3
    Vou postar mais hoje amor, fico muito feliz que você esteja gostando.
    Beijos, Jessie.

    ResponderExcluir